Manual de identidade visual, também conhecido como Manual de identidade visual corporativa ou simplesmente por Manual de marca é um documento técnico, concebido por designers gráficos, contendo

Manual de identidade visual, também conhecido como Manual de identidade visual corporativa ou simplesmente por Manual de marca é um documento técnico, concebido por designers gráficos, contendo um conjunto de recomendações, especificações e normas essenciais para a utilização de uma determinada marca, com o objetivo de preservar suas propriedades visuais e facilitar a correta propagação, percepção, identificação e memorização da marca.[1]

As recomendações, especificações e normas geralmente tratam de:

  • explicar a lógica construtiva da marca – dos elementos que a compõem (ex. símbolo, logotipo e designações;
  • estabelecer as variações formais da marca (ex. assinaturas vertical, horizontal etc.);
  • explicar a organização dos elementos que compõem a marca em cada variação formal (ex. símbolo, logotipo e designações;
  • estabelecer as dimensões mínimas de reprodução para preservar a legibilidade em função de cada um dos diversos meios de reprodução gráfica, assim como nas diversas mídias disponíveis no mercado;
  • indicar as especificações técnicas das cores utilizadas na marca, para garantir a fidelidade da cor em cada um dos diversos meios de reprodução gráfica, assim como nas diversas mídias disponíveis no mercado.
  • regulamentar a aplicação da marca em diferentes condições de impressão e fundos de cor.
  • explicar aspectos particulares da marca no contexto e complexidade onde esta vai funcionar.
  • demonstrar algumas situações de aplicação da marca a serem evitadas
  • explicar a essência da marca através dos arquétipos, que tem como base o estudo do psiquiatra Carl Jung

Um Manual de Identidade Visual pode ser mais ou menos extenso em função da complexidade do contexto onde a marca a que se refere terá de funcionar. Por exemplo, um manual para uma marca de uma agência de viagens poderá requerer menos especificações que por exemplo, o manual para uma marca de uma rede de supermercados – onde neste caso, pode existir a necessidade de especificar as soluções de aplicação da marca em uniformes, veículos, embalagens, sinalização exterior, interior etc.

===== = ===== ====== === ====

MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL FPC

download

Download, clique aqui.

1

 

===== = ===== ====== === ====

O que é Manual de Identidade Visual

O Manual de Identidade Visual é um guia técnico para uso dos padrões visuais e verbais na comunicação de uma marca. É essencial no processo de criação.

De forma equivocada, o manual de identidade visual costuma ser chamado de manual da marca ou brandbook. Na verdade ele é parte do brandbook. O manual da marca guia todo padrão de comunicação, e deve ser utilizado por todos colaboradores e parceiros. Já o Manual de Identidade Visual define os elementos técnicos para designers, redatores e analistas de marketing.

======= ==== ===== ===== === ====

Identidade visual é o conjunto de elementos formais que representa visualmente, e de forma sistematizada, um nome, ideia, produto, empresa, instituição ou serviço. Esse conjunto de elementos costuma ter como base o logotipo, um símbolo visual que se complementa nos códigos de cores, das tipografias, nos grafismos, em personagens, nas personalidades e outros componentes que reforçam o conceito a ser comunicado através dessa imagem como o Slogan ou Tag lines, que cumprem este papel. Resumidamente a Identidade Visual é a imagem ampliada da marca.[1]

A confecção de um logótipo ou de um símbolo visual capaz de representar a assinatura institucional da empresa deve ser estabelecido através de um documento técnico ao qual os designers nomearam de manual da identidade visual. Esse documento serve para estabelecer normas e critérios técnicos de reprodução da marca nos mais variados suportes existentes no atual estado da técnica como por exemplo: suportes gráficos (impressão) e suportes eletrônicos (interfaces).

Manual de identidade visual

O manual de identidade visual deve conter:[1]

  1. Os aspectos formais da marca – ou seja os elementos que compõe o símbolo gráfico e as variações formais da marca: por exemplo, para uma marca representada por uma imagem fotográfica deve ser apresentado tal imagem nos padrões monocromático, preto e branco, tons de cinza, fotográfico uma versão digitalizada ou seja uma versão vetorial da marca nas mesmas variações formais: monocromática, preto e branco, tons de cinza, chapado.
  2. Apresentar as variações da assinatura da marca: padrão de assinatura horizontal, padrão de assinatura vertical e variações formais da assinatura com slogan e sem slogan. Algumas marcas contém slogan, outras não. Assim como algumas marcas são compostas simplesmente pelo nome da empresa (Coca-Cola, IBM, Microsoft). É imprescindível apresentar tais características da marca e sustentar uma utilização padronizada.
  3. Apresentar aspectos técnicos da marca: cor (pantone, rgb, cmyk, hexadecimal), fonte, dimensões, direção, etc.
  4. Apresentar o padrão de utilização da marca em todo o material institucional previsto pela empresa: papel timbrado, envelope, etiqueta, adesivo, embalagem, objetos, uniforme, rótulo, frota etc.
  5. Determinar dimensões mínimas e máximas para a impressão
  6. Regularizar a utilização da marca em fundo colorido, preto, branco e monocromáticos.
  7. Apresentar situações a serem evitadas.

Elementos principais da identidade visual

No processo de criação de identidade visual, diversos elementos / peças, podem estar contempladas no processo. Estão mencionados abaixo os mais comummente encontrados:

– Logotipo;

– Catálogos e apresentações;

– Website;

– Materiais gerais de papelaria, como envelope, cartão e pasta;

– Uniforme e frota personalizada de veículos;

– Dentre muitos outros.

 

=== ===== ====== ====== ==== == ======= ======= =============

Manual de Identidade Visual, Manual da Marca, Brandbook, Brand Guidelines… Na internet vamos encontrar esses e alguns outros nomes referindo-se ao documento responsável pela padronização de uma marca.

Nomes diferentes, mas o objetivo é o mesmo: orientar e definir regras para a aplicação do logo, paleta de cores, backgrounds, tipografia, embalagens, pontos de venda, dentre outros. Um documento que toda identidade visual precisa ter!

Separei uma lista irresistível com 50 Manuais de Identidade Visual de grandes marcas que conhecemos. Excelentes fontes de inspiração, todas em PDF! Algumas não são muito atuais, mas com certeza possuem ótimas referências para seus futuros projetos.

Espero que gostem 🙂


1 – Anima Planet Internacional Off-Air Brand GuidelinesAnimal Planet


2 – Tripadvisor Brand Guidelines for PartnersTripadvisor


3 – Pinterest Brand Guidelines For PartnersPinterest


4 – Uber Logotype GuidelinesUber


5 – Snapchat Brand StandardsSnapchat


6 – PayPal Corporate Master Brand Guidelines
PayPal


7 – Oi Manual de MarcaOi


8 – Unifef Brand Tool KitUnicef


9 – Twitter Brand GuidelinesTwitter


10 –  Flipboard Basic Brand GuidelinesFlipboard


11 – Foursquare BrandbookFoursquare


12 – AMD Brand GuidelinesAMD


13 – Adobe Corporate Brand GuidelinesAdobe


14 – Xbox Live Brand GuidelinesXbox Live


15 – Hootsuite Guide To Logo And GraphicsHootsuit


16 – Spotify Partner Guidelines Logo & Colour + MessagingSpotify


17 – Vale Guia Rápido da MarcaVale


18 – Toshiba Brand TaglineToshiba


19 – Symantec Brand Identity StandardsSymantec


20 – Wallmart BrandbookWallmart


21 – Positivo BrandbookPositivo


22 – Samu Manual de Identidade VisualSamu


23 – Odebrecht Manual de Identidade Visual
Odebrecht


24 – Microsoft Visual Identity GuidelinesMicrosoft


25 – Pepsi Brand GuidelinesPepsi


26 – Virgin America Brand GuidelinesVirgin


27 – Mastercard Brand MarkMastercard


28 – LG Brand Communication GuidelinesLG


29 – MC Donalds Global Logo And Trademark Standards Reference GuideMC Donalds


30 – Joomla Brand GuidelinesJoomla


31 – HP Brand Identity StandardsHP


32 – Skype The World According Skype


33 – I Love NY Brand GuidelinesI Love NY


34 – Mercedez-Benz Brand Communication StandardsMercedez


35 – Fiat Manual de Identidade VisualFiat


36 – Land Rover Communication GuidelinesLand Rover


37 – Lenovo Visual Identity Guidelines
Lenovo


38 – EDP Manual da MarcaEDP


39 – Facebook Brand Assets GuideFacebook


40 – Governo Federal Manual de Uso da MarcaGoverno Federal


41 – Blackberry Branding Guidelines
Blackberry


42 – Garmin Brand GuidelinesGarmin


43 – Dell Brand Identity StandardsDell


44 – Best Buy Brand Identity GuidelinesBest Buy


45 – BAFTA Masterbrand Guidelines
BAFTA


46 – Allianz Brasics Style GuideAllianz


47 – Buffalo Wild Wings Brand Identitybww


48 – Fender Branding GuidelinesFender


49 – Copobras Manual de Identidade da MarcaCopobras


50 – Cielo Guia Simplificado da LogomarcaCielo


E aí, gostou?

 

===== = ===== ====== === ====

Apenas um logo?

Uma marca é construída também pela parte visual, levando no seu logo a essência e síntese filosófica dos negócios. O logo em si tem o objetivo de passar uma mensagem ao público, criar uma experiência visual única e conectar pessoas ao negócio.

01. MARCA

A marca é um conjunto de informações e conceitos, representados por cores, símbolos, logotipo, emoções, sentimentos e experiências expostas pelas empresas junto ao mercado através de seus produtos e/ou serviços. A junção de todos elementos de construção e valoração da marca são tão importantes quanto um manual da marca, contendo todas aplicações de cor, forma entre outros. Design e estratégia andam de mãos dadas.

02. LOGOTIPO / LOGO

Um logotipo é composto por símbolo e tipografia. Esse tipo de construção nos permite usar apenas um dos dois elementos, o tipo ou o símbolo. A palavra logo deriva do grego “logos“, que ao traduzirmos para nosso idioma brazuca fica sendo “palavra, significado”. O tipo também deriva do grego, “typos“, e tem como significado em português o termo “figura”.

SÍMBOLO

Pode ser um ícone ou ilustração que represente a empresa de modo a chamar a atenção e promover lembrança de marca.

TIPOGRAFIA

A tipografia é formada por caracteres escritos em extenso de forma estilizada ou não. Uma marca composta apenas de tipos precisa ser ousada, sem fontes compradas ou daquelas que podem ser encontradas pelo Google afora.

Veja a figura abaixo com a explicação.

 

03. LOGOMARCA

É um termo redundante, utilizado erroneamente e de forma genérica para designar logotipo ou símbolo. Este termo é utilizado apenas no Brasil, mas é considerado incorreto por não possuir significado preciso.

Logo do grego logos” = Significado, e marka” do germânico = Significado. Em resumo, logomarca é: Significado do significado, ou seja, não faz sentido. Eu aconselho que não use, escreva ou pronuncie, mas existem fatores acima da minha opinião. Não que esteja 100% errado, afinal é uma apropriação brasileira de significados construídos socialmente. Não te faz um profissional melhor falar ou não logomarca.

 

 


Depois de rever os conceitos acima, eis que surge a segunda parte da matéria.

O logo funciona? Como assim, funciona? Simples, responda as perguntas a seguir e veja se você está fazendo da maneira correta.

1) Seu logo é eficiente?
Existe equilíbrio e precisão para quem vê? Quando as pessoas olharem para o logotipo, elas verão a empresa ou apenas um layout bonitinho?

2) O logo traz a essência da empresa?
Seu logo precisa dialogar com os clientes da empresa, ele precisa dizer: Oi, eu sou a empresa Y e fazemos/ vendemos/ produzimos X coisas das quais você precisa.

3) É diferente?
Sua marca deve se destacar em meio de milhares de novos logos. Será que sua empresa se destaca pelas cores, tipografia e elementos de semiótica?

4) O target foi atingido?
Imagine uma loja de roupas com um logo baseado em uma máquina de lavar com um vestidinho dentro, tudo mal feito. Super tosco, penso eu. A marca pode ter uma máquina de lavar, mas sinceramente, você precisa ser muito bom para fazer algo espetacular com esses elementos e conseguir passar a ideia de uma loja de roupas.

5) Pra todo sempre?
Parece final de conto de fadas, mas um logo precisa durar. Por esse motivo eu sempre apoio a ideia de nunca seguir modinha, tendências e o famoso “tá todo mundo usando”. A marca deve ser única e resistir ao efeito do tempo. Olhe alguns exemplos: Coca-Cola, Google (mudou, mas demorou) e muitos outros. Claro que eles sofreram ousofrerão modificações, mas a essência não muda.

Fiquem ligados, pois na próxima matéria trarei para você um estudo de caso sobre o desenvolvimento de um logo genial.

———-  ======== = ====== ——- ——– ======== =========

Benefícios do Manual de Identidade Visual

  • Organizar
  • Padronizar
  • Facilitar o trabalho em equipe
  • Promover o uso gráfico correto em campanhas

Modelo de Manual de Identidade Visual

Existem diversos exemplos de Manual de Identidade Visual, mas cada empresa pode ter seu próprio padrão. Veja um exemplo de informações que podem constar no manual

Identidade Visual

  • Logo
  • Aplicação de Logo
  • Cores
  • Tipografia
  • Ícones
  • Estilo fotográfico
  • Filtros
  • Grafismo
  • Infográficos
  • Exemplos de Uso

Tom de voz

  • Comportamento
  • Exemplos de frases
  • Saudações
  • Resolução de conflitos

Como cuidar do Manual de Identidade Visual

Algumas ações são esporádicas e outras recorrentes.

  • Criar e manter atualizado.
  • Deixar a disposição da criação interna e externa.
  • Homologar campanhas e peças criadas.

Termos relacionados

Veja também os conceitos gestão de marcas (branding) e manual da marca (brandbook).

Saiba a Diferença de Gestão de Marca, Manual da Marca e Identidade visual.

Quais os tipos de planos e manuais de marketing

O manual de identidade visual faz parte de uma série de passos para criar uma estratégia consistente de marketing.

Planos de Marketing Digital

Saiba mais em Quais são os planos de marketing digital, quando e como fazer.

Conclusão

O Manual de Identidade Visual estabelece as diretrizes para quem participar do processo de criação gráfica ou de campanhas para a marca. O departamento de marketing é o guardião deste guia, tanto para mantê-lo atualizado como para garantir sua correta utilização.

===== ==== ===== == ====== ==== ====== ==== ==== ==== ==== === =====

 

Design Gráfico é a área de conhecimento e a prática profissional específicas relativas ao ordenamento estético-formal de elementos textuais e não-textuais que compõem peças gráficas destinadas à reprodução com objetivo expressamente comunicacional.[1] é uma forma de se comunicar visualmente um conceito, uma ideia, através de técnicas formais. Podemos ainda considerá-lo como um meio de estruturar e dar forma à comunicação impressa,[2] em que, no geral, se trabalha o relacionamento entre ‘imagem’ e texto. No início do século XXI a participação do design gráfico expandiu para os meios digitais, sendo utilizado na criação de sites, portais eletrónicos, softwares e diversas outras áreas relacionadas ao design digital.

Trata-se de uma profissão levada a cabo pelo designer gráfico que estende a sua área de ação aos diversos meios impressos e digitais de comunicação, resultando, mais concretamente, nas seguintes aplicações:

A função de um designer gráfico é atribuir significados ao artefato por meio de sua aparência, ou seja, o profissional induz o usuário a ver o artefato de determinada maneira, associando-lhe conceitos abstratos como estilo, status, identidade.[3] O designer gráfico é, convenientemente, um conhecedor e utilizador das mais variadas técnicas e ferramentas de desenho, mas não só. Tem como principal moeda de troca a habilidade para aliar a sua capacidade técnica à crítica e ao repertório conceitual, sendo fornecedor de matéria-prima intelectual, baseada numa cultura visual, social e psicológica. Não é apenas um mero executante, mas sim um condutor criativo que tem em vista um objetivo comunicacional alcançado quase sempre por meio de metodologias projetuais que o auxiliam a projetar.

O estudo do design gráfico sempre esteve ligado a outras áreas do conhecimento como a psicologia, teoria da arte, comunicação, ciência da cognição, entre muitas outras. No entanto o design gráfico possui um conhecimento próprio que se desenvolveu através da sua história, mas tem se tornado mais evidente nos últimos anos. Algo que pode ser percebido pela criação de cursos de doutorado e mestrado, específicos sobre design, no Brasil e no resto do mundo.[4]

Um exemplo desse tipo de conhecimento é o estudo da tipografia, sua história e seu papel na estruturação do conhecimento humano.[5]

Etimologia

Design é uma palavra inglesa originária de designo, que em latim significa designar, indicar, representar, marcar, ordenar. O sentido de design lembra o que em português tem a palavra desígnio: projeto, plano propósito (Ferreira, 1975). Há assim uma diferença em inglês entre os termos design (desígnio) e drawing (desenho), o que não ocorre na Língua Portuguesa. A palavra portuguesa “desenho“, ao contrário da palavra inglêsa design e da espanhola diseño significa especificamente a representação figurativa de formas sobre uma superfície. Considerando a definição da profissão e suas atribuições, a palavra design foi a escolhida pela comunidade acadêmica e pelas associações profissionais.[1]

História do design gráfico

Ver artigo principal: História do design gráfico

O surgimento da impressão

O desenvolvimento das técnicas de fabricação de papel ao longo de séculos possibilitou a invenção da impressa. Em 105 d.C., os chineses desenvolveram o papel de farrapos, fabricado com fibras vegetais e trapos velhos, constituindo uma alternativa econômica. Os segredos desta técnica foram revelados aos árabes por prisioneiros chineses no século VIII, sendo posteriormente introduzidos na Europa nos séculos XII e XIII.

Ao chegar ao continente europeu, seu impacto cultural se fez efetivamente sentir. O uso de caracteres móveis na xilogravura com o alfabeto latino foi facilmente adotado, diferentemente na China, onde se emprega milhares de ideogramas e se exigia esforço e mais recursos materiais. Desde a sua introdução na Europa, o papel foi uma alternativa mais viável ao vellum e ao sargaminho. O papel de farrapo foi-se tornando cada vez mais barato e abundante e, simultaneamente, a alfabetização expandia-se. Essa expansão criou a necessidade de um sistema de ensino que passasse a diante as técnicas de impressão.

Bíblia de Gutenberg impressa com tipos móveis.

Gutenberg, ourives da cidade de Mainz, elaborou técnicas para impressão de tipos, montados em base de chumbo, em papel. A largura dessa base variava com a dimensão da letra, evitando o efeito individualiza das letras. Ele produziu uma Bíblia em latim, que viria a ser seu trabalho de consagração, embora tenha contraído dívidas por não ter ganho o suficiente para suprir os gastos.

A impressão também possibilitou que as teses de Lutero fossem rapidamente impressas, divulgadas e distribuídas. Bíblia impressas em linguagens vernáculas alimentaram as asserções da Reforma Protestante que questionavam a necessidade da Igreja para interpretar as Escrituras.

Em 1476, visando uma unificação da língua inglesa, William Caxton decide imprimir e distribuir uma variedade de livros, determinando e controlando a soletração e a sintaxe.

A imprensa estimulou mudanças de comportamento quando estimulou pessoas a ir atrás da privacidade por produzir livros mais baratos e portáteis, levando a leitura silenciosa e solitária e isso fez com que as pessoas reivindicassem o direito de liberdade individual. Também possibilitou a propagação de ideias visionárias que deram forma à Revolução Americana, por exemplo.

Já mais para frente, a Monotype e Linotype, métodos mecânicos de fundição e composição de tipos móveis, alternativos à composição manual, foram lançados ainda antes do virar do século (1884 a 1887) e marcaram um salto significativo na velocidade de produção. [6]

Arts and Crafts

Livro projetado por William Morris, 1896

O industrialismo trouxe no seu bojo uma série de problemas e desafios que foram se avultando desde cedo e o design passou a ser visto como uma área fértil para a aplicação de medidas reformistas. A mesma abundância de mercadorias baratas que era percebida pela maioria como sinônimo de conforto, logo passou a ser condenada por alguns como indicativa do excesso e da decadência dos padrões de bom gosto. A partir da década de 1830, surgem na Inglaterra as primeiras manifestações daquilo que viria a ser um fenômeno constante na história do design: os movimentos para a reforma do gosto alheio. John Ruskin, educador inglês, apontava o modo de organização de trabalho como o principal fator pelas deficiências projetuais e estilísticas. Não era o mau gosto do público consumidor que gerava a má qualidade, mas a desqualificação e a exploração do trabalhador que produzia a mercadoria. Ruskin também foi um dos primeiros a se dar conta dos limites do crescimento industrial em termos ambientais.

Concordando com Ruskin, William Morris deu início a uma série de empreendimentos comerciais. Junto com seus sócios, conseguiu se estabelecer com sucesso na área de aparelhamento, sua estratégia mercadológica enfatizava a alta qualidade e o bom gosto dos seus produtos. O trabalho de Morris acabou se inserindo no contexto do que veio a se chamamos de movimento Arts and Crafts. A filosofia desse movimento girava em torno da recuperação dos valores produtivos tradicionais defendidos por Ruskin, o que explicava a apelidação de algumas entidades um tanto antiquada de ‘guilda’. Os integrantes desse movimento buscavam promover maior integração entre projeto e execução, relação mais igualitária entre trabalhadores  e manutenção de padrões elevados em termos de qualidade de materiais e de acabamento, ideais estes conhecidos como craftsmanship.

No Brasil, em meio a diversos planos de imigração, surgiram iniciativas para promover a formação técnica e artística do trabalhador brasileiro. Exemplo disso, foi a fundação do Liceu de Artes e Ofícios, no Rio de Janeiro. A união entre arte e indústria era percebida no Brasil como um elemento fomentador do progresso e da modernidade.[7]

Vanguardas Europeias

As Vanguardas europeias surgiram em um cenário caótico de pós-guerra e sua principal característica era a crítica e a negação de tudo que se referia ao passado. A Belle Epoque caiu junto com a guerra, e as formas de arte associadas a ela perderam o significado. A influência das vanguardas artísticas foi mais ampla e profunda na área do design gráfico. Partindo principalmente da confluência de ideias e de atores em torno do Construtivismo russo, do movimento de Stijl na Holanda e da Bauhaus na Alemanha emergiu uma série de nomes fundadores do design gráfico moderno, dentre os quais, Alexander Rodchenko, El Lissitzky, Herbert Bayer. De modo geral, o estilo gráfico desenvolvido por esses designers dava preferência ao uso de formas claras, simples e despojadas.

Bauhaus

Sede da Bauhaus em Dessau.

A Bauhaus foi uma escola estatal sediada inicialmente em Weimar, na Alemanha, fundada em abril de 1919, sob direção do arquiteto Walter Gropius. Seu objetivo era formar artistas, designers e arquitetos mais responsáveis socialmente, além de almejar o progresso da vida cultural da nação e o aperfeiçoamento da sociedade.

Após o curso preliminar, os estudantes passavam a frequentar oficinas, onde recebiam ensinamentos de um artista e de um artesão experiente. Apesar desses esforços, pouco se avançou em direção a um relacionamento mais íntimo de trabalho e indústria. A raiz do problema estava no fato de que alguns dos primeiros professores apregoavam o conceito da arte como atividade espiritual, separada do mundo exterior. A arte havia se fundido com o artesão, mas não com a indústria.

A ideia básica do ensino da Bauhaus era a união da formação artística e prática. Assim, todos os alunos que concluíssem o curso básico poderiam continuar na escola optando por uma das oficinas onde estudariam e trabalhariam. O objetivo era o desenvolvimento de protótipos para a produção em massa pelas empresas sob licença. Nesse momento, o trabalho artesanal foi incluído na produção industrial. A originalidade da escola está no fato de que ela venceu os limites do modernismo, pois não somente agrupou movimentos de vanguarda heterogêneos, como também os colocou em prática. A história da Bauhaus é, em suma, a história do surgimento do design moderno e das relações tensas entre arte e tecnologia das máquinas.[8]

Art Déco

Art Déco surgiu como uma expressão cultural complexa e diversa, em inúmeras formas expressivas e oriunda de uma vontade de exteriorizar um espírito moderno por meio da arte decorativa. Suas características mais recorrentes eram os jogos volumétricos e geométricos; pesquisas de cor e de materiais; uso de tecnologias construtivas modernas; tendência à abstração; exaltação da tecnologia como tema; valorização dos acessos e portarias e respeito a alinhamentos e massas edificadas. Quanto à tipografia, o maquinismo foi um dos grandes temas iconográficos justamente por remeter à modernidade tecnológica e ao progresso. Linhas quebradas ou em zigue-zague transmitiam bem a sensação de dinamismo e da velocidade próprias dos novos tempos.[9]

O Pós-modernismo

O design pós-modernista surgiu para se contrapor ao movimento modernista. Negava todas as regras impostas pelo modernismo. Os designer adeptos do movimento resgataram a estética da primeira metade do século, o que ficou conhecido como Design Retrô. Também valorizavam o Design Vernacular, que remete às formas gráficas de uso corriqueiro, como cartões de beisebol, caixas de fósforos e ilustrações. Algumas das características do Design Psicodélico era o uso de cores saturadas e tipografia ilegível. Alguns designers usavam drogas como LSD para a criação de peças gráficas psicodélicas. A expressão subjetiva nas criações era o objetivo desses designers.

Ver também

Referências

 

  • Villas-Boas, André (2003). O que é [e o que nunca foi] design gráfico. [S.l.: s.n.] ISBN 85-86695-03-3
  • MEGGS, Philip B. A history of graphic design. Michigan, Van Nostrand Reinhold, 1992 – Pg.xiii Preface
  • Cardoso, Rafael (2013). Design para um mundo complexo. [S.l.: s.n.] ISBN 978-85-405-0098-3
  • MONAT, André Soares ; CAMPOS, Jorge Lucio de ; LIMA, Ricardo Cunha . Metaconhecimento – Um esboço para o design e seu conhecimento próprio. BOCC. Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação, v. 03, p. 01-12, 2008.
  • LUPTON, Ellen. Pensar com tipos. São Paulo: Cosac & Naify, 2006.
  • Bacelar, Jorge. Apontamentos sobre a história e desenvolvimento da impressão. [S.l.: s.n.]
  • Cardoso, Rafael. Uma introdução à história do design. [S.l.: s.n.]
  • A Bauhaus entre 1919 e 1933: Uma revisão sobre os métodos , os mestres, as fases e oficinas. [S.l.: s.n.] |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)

Santana, Marília. Art Déco, entre a tradição e o Moderno. [S.l.: s.n.]

===== ==== ===== == ====== ==== ====== ==== ==== ==== ==== === =====

Você tem, utiliza e sabe a importância de um manual de marca?

manual de identidade visual

manual de identidade visual

Uma marca consagrada no mercado, que é símbolo de estabilidade e credibilidade, tem o seu manual de marca. Mas você sabe o que isso quer dizer? Imaginemos a marca Nike. Consegue visualizar na sua mente? Pois bem.

O manual da marca é um documento oficial, feito pela empresa para que o seu logotipo seja padronizado, para que se legalize a função do formato e que, para reproduzi-lo, sejam seguidas algumas configurações básicas. O manual da marca, assim sendo, protege a integridade e o nome da empresa. Assim, se você pegar para ler o manual da marca da Nike, você saberá todas as especificações referentes ao nome, logotipo, formato, letra, símbolo etc.

O design é um dos aspectos mais importantes para construir a relação com o cliente, para que ele se identifique; logo, o manual deve ser levado muito a sério. Todos os envolvidos na empresa precisam saber as especificações de como montar ou utilizar o logo e o símbolo da marca para reproduzi-lo corretamente, desde a cor até o ângulo perfeito.

Formando a identidade visual

A partir do momento em que você realiza um brainstorming de como a identidade da marca deve ser construída, já começa o design. A escolha de cores e de formato são decisões ainda mais difíceis que dizem respeito à identidade visual e como você quer ser reconhecido no mercado. Por isso que o manual é tão importante, porque além de evitar o plágio, também garante a reprodução fiel do material, facilitando o trabalho de designers que irão remodular o logotipo e até o símbolo, e de empresas que utilizarão da marca para fazer itens e acessórios.

O que deve conter o manual da marca

Tudo que diz respeito ao processo criativo da marca, das ideias, e até mesmo dos erros cometidos até chegar ao logotipo oficial, desde a sua montagem até reparação e configurações especiais. Há algumas marcas que são menos conhecidas e possuem um manual pequeno, de poucas páginas, enquanto outras possuem um manual gigante, devido aos processos de remodelagem que elas sofreram com o passar do tempo. É importante ressaltar que o manual da marca precisa ser claro, com linguagem simples e sem expressões técnicas, porque ele servirá como guia para vários designers e funcionários que querem conhecer a formação da identidade visual da marca.

É muito comum os designers se apaixonarem pelos manuais porque é neles que está escrito todo o conceito de uma marca e como os idealizadores dela chegaram no símbolo final. Isso é interessante porque fala diretamente sobre como a marca se formou.

Geralmente, o manual da marca está disposto da seguinte forma:

Apresentação

  1. Histórico da marca
  2. Objetivos do projeto
  3. Conceito
  4. Marca

4.1 Desenho da marca

4.2 Assinaturas

4.3 Malha de construção

4.4 Dimensionamento mínimo

4.5 Área de Proteção

  1. Cores
  2. Tipografia
  3. Padronagem
  4. Usos proibidos
  5. Impressos
  6. Mídia Digital

Em alguns casos, há até conceitos de uniformes e de frota de veículos para que a padronagem seja idêntica nas diferentes “mídias”. Percebe-se o quão minucioso é esse manual da marca, uma vez que explicita todas as configurações e sinaliza, inclusive, quais são os tamanhos mínimos e máximos de cartões de visitas e envelopes. Afinal, é o nome da marca que estará sendo utilizado; por isso a importância de deixar tudo arrumado para que ninguém utilize de má fé. É importante que a identidade visual seja preservada para que a marca não sofra alterações feitas por pessoas que não sabiam como utilizar o logo, por exemplo.

E é aí que a equipe de designers entra. Com o manual em mãos, é possível reproduzir fielmente o logotipo e o símbolo da marca, independentemente de onde estiver o reprodutor ou qual programa ele utilizar. Por isso que o trabalho deles e de quem fez o manual deve ser levado a sério, porque protege o nome da marca.

Assim, basta pegar o manual de uma marca para criar uma ação de marketing. Se quiser fazer o logotipo em um caderno, veja o manual da marca. Consegue compreender a importância desse guia para os designers e para as marcas em geral? É como se fosse um guia único para cada marca, que contém informações acerca do processo criativo e da construção da identidade visual.

E isso engrandece o nome da marca!

===== ==== ===== == ====== ==== ====== ==== ==== ==== ==== === =====

Manual de Identidade Visual

Olá para todos. Muitos pensam que para se ter um logotipo, basta fazer um belo desenho e aplicarem como quiser, mas estão equivocados. Se você usa um logotipo que não tenha um manual, sua marca pode não ter uma boa legibilidade, pode não transmitir os valores que você pretendia, sua identidade não fica coerente como um todo nas aplicações utilizadas, pois não tem orientações que ajudem a trabalhar em conjunto. A criação para uma marca de sucesso leva em conta diversos fatores, que são explicados num manual de identidade visual.

Manual de Identidade Visual do Cisne de Prata.

DEFINIÇÃO DO MANUAL

Um manual de identidade visual é um documento que abrange tudo em relação ao logotipo que representará sua empresa, negócio, serviços, pessoa, etc. Onde explica todas as etapas de sua criação, desde a descrição de quem ou o que a marca representará até exemplos de suas aplicações. Deve-se explicar todas as decisões cabíveis em cada etapa para manter o padrão determinado para a marca. Abaixo, descreverei algumas das etapas desse processo.

BRIEFING

Para entender o que o logotipo deve representar, deve-se fazer uma pesquisa intensa sobre quem a marca deve simbolizar. Seu histórico, seus valores, objetivos, perfil de sua clientela, concorrentes e outros perfis semelhantes do mesmo que poderão ser necessários para compor a sua imagem.

Diversos gráficos e análises.
Elementos que compõem o logotipo Video & Game Center.

ELEMENTOS GRÁFICOS

São as formas que compõem o logotipo e seus significados. Eles são essenciais pois devem representar e transmitir o que foi determinado no briefing.

TIPOGRAFIA

São as famílias de fontes escolhidas para funcionarem em conjunto com o logotipo e em outras aplicações relacionadas com o mesmo.

Seis conjuntos tipográficos.
Logotipo Sublime indicado suas cores institucionais.

CORES INSTITUCIONAIS

São as cores definidas que tem significado essencial para a representação do logotipo. Devem indicar seu código de cores para não ter variações não permitidas. Aqui pode-se informar também as cores que possam complementar o logotipo em diversos layouts.

AREJAMENTO

É a área ao redor do logotipo. O espaço necessário para que o logotipo possa ficar legível e se destacar no layout, sem sofrer interferência de outros elementos no mesmo.

Área de arejamento do logotipo Aliança.
Duas versões do logo Estação Pardal.

ASSINATURAS PERMITIDAS

São as versões permitidas do logotipo, cujos modelos podem ter versões monocromáticas, verticais, horizontais, cores diversas, as adequadas conforme a mídia utilizada, para os setores/produtos/serviços que a marca possa trabalhar.

REDUÇÕES PERMITIDAS

São os tamanhos mínimos que o logotipo pode ser reduzido sem prejudicar sua legibilidade, em alguns casos, usasse uma versão projetada para esse propósito.

Reduções permitidas do logo.
Quatro fundos diversos e coloridos pra um logotipo.

USO EM DIVERSOS FUNDOS

São disponibilizados diversos exemplos (e regras) de fundos coloridos de cor chapada, em degradê e/ou de fotos para demonstrar em quais tipos de fundos são permitidos usar o logotipo, inclusive suas variações mais adequadas em cada caso.

USOS INCORRETOS

Aqui deve-se mostrar o que, em hipótese nenhuma, não pode fazer com o logotipo. Como distorcer o logo, usar cores não permitidas, tirar, mudar ou acrescentar outros elementos, mudar a tipografia, etc.

Quatro formas incorretas de representar logotipo Ponto de Sabor.
Folder e cartão da Estética & Postura.

APLICAÇÕES

Utilizamos as principais ou todas as possíveis aplicações onde o logotipo será utilizado. Uniformes, site, papelaria, cartões, anúncios, vídeos, etc.

Estes são alguns dos tópicos utilizados, mas não são regras rígidas para todos os casos. Em outros manuais, alguns desses tópicos têm nomenclatura diferente, são subdivididos ou nem são usados. Podem ter tópicos que não mencionei como estilo fotográfico, animação, grafismo complementar, hierarquia visual, regras de escrita, família de ícones, áreas de atuação, malha gráfica, slogan. Isso varia conforme os valores, os objetivos e as estratégias de cada marca. Um manual de identidade visual não é apenas um livro de regras, é um guia para esclarecer o que é a sua marca e fortalecer sua posição no mercado.

 

===== ==== ===== == ====== ==== ====== ==== ==== ==== ==== === =====

Links relacionados

Quer saber como colocar em prática a Gestão do Marketing Digital? Então leia outros conteúdos do Guia e conheça o eKyte.

Veja Também

Arte Propaganda ©2024. Sistemas Digitais