CoronaVac: por que a Anvisa determinou a paralisação dos testes com a vacina da Sinovac/Butantan
10 novembro 2020, 06:29 -03Atualizado Há 7 horas
*O texto foi atualizado às 17h30 de 10 de novembro.
A suspensão do teste da vacina contra coronavírus CoronaVac após a morte de um dos voluntários levantou discussões sobre a politização do caso, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro celebrou a paralisação determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na manhã de terça (10/11), o presidente mencionou o episódio ao responder um usuário do Facebook, que perguntou se o Brasil compraria a vacina, desenvolvida em uma parceria do Instituto Butantan, órgão ligado ao governo de São Paulo, e a empresa chinesa Sinovac. Bolsonaro aproveitou para atacar seu adversário político, o governador de São Paulo, João Dória.
“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Dória queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu o presidente, que tem travado embates públicos com o governador paulista sobre a questão.Advertisement
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Apesar da fala do presidente, o Instituto Butantan afirmou que “o evento adverso grave” (morte do voluntário) não tem qualquer relação com a vacina em teste e, por isso, questionou em entrevista coletiva a paralisação da fase de tese pela agência. Segundo a TV Cultura, emissora estatal paulista, o laudo do IML (Instituto Médico Legal) atesta que o falecimento do voluntário ocorreu por suicídio.