Qual é o objetivo da BNCC?

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que regulamenta quais são as aprendizagens essenciais a serem trabalhadas nas escolas brasileiras públicas e particulares de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio para garantir o direito à aprendizagem e o desenvolvimento pleno de todos os estudantes …

Atividade III Minha História / Nossa História

Leia o projeto desenvolvido pela professora Mônica, do 2º ano C, da Escola Carolina Maria de Jesus[1] (AMARAL, p. 3):

“O projeto “MINHA HISTÓRIA/ NOSSA HISTÓRIA” prevê o conhecimento da própria história do aluno e sua conscientização como parte atuante do processo histórico e social no qual está inserido. Ele faz parte da História e faz a História. O aluno é o sujeito da História e será capaz de entendê-la como conhecimento, como experiência e prática de cidadania. Ele tem que ver a História e participar dela. Construindo, ele produz a História. A vida do aluno é a base de todo o trabalho. A partir do conhecimento dela é que o aluno adquirirá a autoestima e a compreensão dos processos históricos mais amplos. O projeto é desenvolvido com turmas de 2ª série do Ensino Fundamental, mas pode ser desenvolvido em outras séries desde que as atividades sejam adaptadas às necessidades e interesses de cada turma e observando a interdisciplinaridade. O trabalho consiste no estudo de toda a vida do aluno desde a vida intrauterina e no resgate das vidas de seus antepassados, passando por fatos históricos, sociais, culturais etc. Destaco os principais objetivos: comparar acontecimentos no tempo, tendo como referência a própria história de vida, reconhecer semelhanças e diferenças sociais, econômicas e culturais na sociedade, estabelecer relações entre o presente e o passado, participar de diferentes atividades de intercâmbio oral, valorizar a vida, perceber valores e contravalores, entre outros. É importante também ressaltar o trabalho de compromisso de cidadania, para que a partir da visão do passado e do presente, o aluno possa trabalhar para a construção de uma sociedade melhor no futuro. Em geral, realizo o trabalho a partir do início do ano letivo, a fim de que a história do aluno seja o ponto de partida para o estudo de todos os componentes curriculares e que a autoestima seja trabalhada constantemente no decorrer do período. Procuro envolver no projeto outras pessoas da comunidade que fazem parte da vida do aluno, em atividades como entrevistas, pesquisas, palestras, visita a exposições etc. As crianças são estimuladas a participar de atividades de pesquisa sobre suas vidas, confecção de livros, painéis, exposições, estudo de músicas, textos, poemas, desenhos, construção de tabelas e gráficos, vídeos, entrevistas etc. Você deve saber que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento promulgado em 2017, indica o que deve ser ensinado na Educação Básica. Ao planejar o seu trabalho anual, o professor deve observar o que se deve ensinar em determinado ano, o que é descrito na BNCC na forma de unidades temáticas, que se desdobram em objetos de conhecimento que são aprendidos por meio do desenvolvimento de habilidades. Para que todos esses quesitos sejam atendidos, há o trabalho com livros e outros materiais didáticos e são desenvolvidos projetos como o citado anteriormente, premiado por valorizar a história de vida de cada criança. Agora faça o caminho contrário: analise o projeto, leia na BNCC o que se refere ao ensino de História e Geografia no 2º ano do Ensino Fundamental e identifique que unidades temáticas e objetos de conhecimento de Geografia e História são contemplados no projeto. Não se esqueça: Geografia e História fazem parte da área de Ciências Humanas.

Resposta

Desenvolvimento

A importância da BNCC para educação é grande e usa o formato de regulamentação dos conteúdos essenciais que devem ser abordados  nas escolas brasileiras públicas e particulares de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. A necessidade dos professores conhecerem a BNCC se dá pela necessidade de garantir o direito à aprendizagem e o desenvolvimento pleno de todos os estudantes. No que se refere o BNCC sobre o ensino de História, a Base Nacional Comum Curricular – BNCC – estabelece que “a História deve se transformar em ferramenta a serviço de um discernimento maior sobre as experiências humanas e as sociedades em que se vive”. Já Geografia no Ensino Fundamental I e as normas da BNCC, As unidades temáticas são denominadas de “O sujeito e seu lugar no mundo”, “Conexões e escalas”, “Mundo do trabalho”, “Formas de representação e pensamento espacial” e “Natureza, ambientes e qualidades de vida”. Mas, ao definir conteúdos mínimos e permitir uma avaliação nacional sobre estes conteúdos, o conteúdo local, vinculado aos interesses dos estudantes, podem ser deixados de lado.

Quanto ao projeto “Minha História/Nossa História” traz um tema importante para as salas de aula: que o aluno deve ser sujeito ativo no processo de aprendizagem. Não apenas um ouvinte. Em relação à BNCC o projeto aplicado para uma turma de 2° ano do Ensino Fundamental, está dentro das normas apresentando várias unidades temáticas e objetos de conhecimentos de Geografia e História.

Em relação as unidades temáticas de História e ao objetos de conhecimento, o projeto incentivou os alunos a comparar acontecimentos no tempo, tendo como referência sua história de vida, reconhecer semelhanças e diferenças sociais, econômicas e culturais existentes nas vidas do grupo, reconhecer transformações no cotidiano da família, estabelecer relações entre o presente e o passado, identificar fontes de pesquisa como: fotos, certidão de nascimento, objetos entre outros e suas funções.

Nas unidades temáticas de Geografia e nos objetos de conhecimentos, trabalhado a interações entre os alunos e convivência com pessoas da comunidade que participaram de entrevistas realizadas no projeto, as mudanças que ocorreram com o tempo, entre outras atividades.

Considerações

Checando o Projeto e da seção de Ciências Humanas da BNCC, analisei que toda a didática está estruturada dentro uma fórmula base nacional de saberes e conhecimentos adequados para cada ano escolar. O projeto, em relação a Geografia e História, está dentro da BNCC pois  mostra aos alunos a valorização de seu nome e conhecimento da história de seu sobrenome, participando de confecção de livros e painéis sobre a história pessoal e social, comparação e reconhecimento de semelhanças e diferenças entre si e colegas.

Entendo que o conhecimento e valorização de sua história e a dos colegas, comparação de fatos acontecidos no passado, relacionando com fatos de hoje e consequências na vida das pessoas, identificação de diversos tipos de famílias, identificação de diversas fontes de pesquisa, percepção de linguagem cartográfica e transformações ocorridas na sociedade, entre outras, todas essas experiências ajudaram os alunos a ficar mais próximos da História Geral e senti mais segurança para partir para o trabalho com a história da comunidade e da cidade.

Referências

AMARAL, M. G. S. Minha história/Nossa história. Taguatinga – DF: Fundação Educacional do Distrito Federal, 2005. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Trab10.pdf. Acesso em: 31 de maio de 2021.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 31 de maio de 2021.

TRINDADE, D.; ECOTEN, M. O saber histórico nos anos iniciais do Ensino Fundamental. In: GOMES, R. et.al. Metodologia do ensino de História. Porto Alegre: Sagah, 2016, p. 35-41 (e-book).

Atividade 4

ATIVIDADE 4ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Introdução
A situação problema da atividade 4 nos apresenta o caso de Jane, técnica de enfermagem aposentada, mãe de dois rapazes de 35 e 33 anos, que tomou para si a responsabilidade de tomar conta de Alice, sua neta de 6 anos, que está no período de alfabetização. Jane, enfrentou dificuldades no momento de auxiliar sua netinha nos estudos, pois a metodologia de ensino mudou muito desde a sua época de escola.Intrigada, foi buscar auxílio com a professora de sua neta, Lizandra. O intuito deste trabalho é nos colocarmos no lugar da professora e, desta maneira, descrevemos um diálogo com o qual possamos orientar e esclarecer dona Jane à respeito das novas metodologias e práticas de ensino.
Desenvolvimento
A alfabetização das crianças do ensino regular é uma das fases mais importantes e significantes da vida escolar de um aluno. Portanto, devemos estar sempre atentos para possibilitar total chance de aprendizado dos mesmos. Como vimos no enunciado, dona Jane está preocupada em poder ajudar sua neta da melhor forma possível, o que é ótimo, a criança quando tem apoio na escola e em casa, se torna muito mais propensa à ter sucesso acadêmico.Para levarmos à diante, a professora Lizandra poderia instruir dona Jane, de que a melhor maneira dela ajudar sua neta nos estudos, quanto à alfabetização e letramento, seria separando um tempo para o estudo dela, estabelecendo um horário de ensino, estar presente sempre que sua neta for realizar as tarefas de casa, apoiar sua neta e sempre lembrá-la de que ela é capaz e que vai aprender tudo no seu tempo, nunca ficar comparando como era no seu tempo também é importante pois, metas que parecem inatingíveis podem ser prejudiciais às crianças.Considerações Finais
Durante a elaboração deste trabalho pude me aprofundar mais sobra as metodologias de ensino e aperfeiçoar meus saberes sobre como ocorre o processo de ensino-aprendizagem, dentro e fora de sala. Com o estudo da situação geradora de aprendizado, foi possível perceber as diferenças nas metodologias de ensino que nossos tiveram em sala, da que nós temos e da que nossos filhos terão. Visto que a educação e a arte de educar devem ser sempre atuais e se adequar ao seu tempo e espaço físico.Por fim, vale ressaltar o ponto que dona Jane é uma Técnica em Enfermagem aposentada, ou seja, tem nível superior e sabe muito bem como ler e escrever. Sua dificuldade era com o fator do modo de ensinar, a metodologia. E sua neta, Alice, ser uma boa aluna, segundo sua professora, que apresenta apenas pequenas dificuldades normais para a faixa etária. Portanto, alguns conselhos e explicações para do a Jane seriam suficientes para ela auxiliar sua netinha no processo de alfabetização e letramento.
Referências
ABREU, A. et. Al. Alfabetização: livro do professor. Brasília: FUNDESCOLA, 2000. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000591.pdf. Acesso em: 31 de maio de 2021.
KUCIBALA, F. Alfabetização e letramento. In: BES, P. Alfabetização e letramento. Porto Alegre: SAGAH, 2018, p. 39-50 (e-book).
KUCIBALA, F. A psicogênese da língua escrita. In: BES, P. Alfabetização e letramento. Porto Alegre: SAGAH, 2018, p. 51-70 (e-book).

Atividade 4

PIC – Pedagogia – Atividade 4
Alun@:  Amanda Correa Caputo
RGM: 25388304
Polo: Unicsul de Carapicuiba – PEDAGOGIA UNICID – GRADUAÇÃO EAD
Tutora: Kátia Biroli

ATIVIDADE 4

Após se aposentar, Jane, técnica de enfermagem, mãe de dois rapazes de 35 e 33 anos, tomou para si a responsabilidade de tomar conta de Alice, sua neta de 6 anos. Quando foi ensinar a neta, Jane teve muitas dificuldades, pois a metodologia de ensino da alfabetização era muito diferente de quando educou seus filhos: não havia cartilha e nem silabação, as crianças aprendiam com cantigas de roda, listas de brinquedos, contos de fada e além de outros fatores, a professora dizia que Alice era boa aluna, mesmo escrevendo com alguns erros. Intrigada, Jane foi até a escola conversar com Lizandra, a professora da turma, solicitando esclarecimentos sobre seu trabalho e a melhor maneira de ajudar Alice nas tarefas de casa. Diante da situação-problema apresentada, descreva aquilo que deve ser dito pela professora para orientar Jane, tendo em vista os estudos sobre alfabetização, letramento e práticas sociais de leitura escrita.  

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Introdução

No caso de Jane, técnica de enfermagem aposentada, mãe de dois rapazes de 35 e 33 anos, que assumiu a responsabilidade de cuidar da netinha de 6 anos,  Alice, que está no período de alfabetização. Jane, teve dificuldades na hora de ajudar a netinha nos estudos, porque a metodologia (técnicas e táticas) de ensino mudou muito desde a sua época de escola de Jane..

Pediu ajuda com a professora de sua neta, Lizandra. Podemos nos colocar no lugar da professora e, desta maneira, descrevemos um diálogo com o qual possamos orientar e esclarecer dona Jane à respeito das novas metodologias e práticas de ensino.

Desenvolvimento

A alfabetização é fundamental para uma educação construtiva, o qual ajuda as pessoas a desenvolver a leitura, a escrita, a comunicação, as ideias e os pensamentos. Já o letramento se ocupa com a função social do ler e do escrever. … Dessa forma, percebemos que alfabetizar e letrar são duas tarefas distintas e muito importante tarefa que deve ser aplicada nas classes de alfabetização ao mesmo. O letramento utiliza a escrita para resolver problemas do dia a dia, facilitando assim suas práticas sociais podendo produzir gêneros textuais. A alfabetização das crianças do ensino regular é uma das fases mais importantes e significantes da vida escolar de um aluno. Portanto, devemos estar sempre atentos para possibilitar total chance de aprendizado dos mesmos. Como vimos no enunciado, dona Jane está preocupada em poder ajudar sua neta da melhor forma possível, o que é ótimo, a criança quando tem apoio na escola e em casa, se torna muito mais propensa à ter sucesso acadêmico.

Para levarmos à diante, a professora Lizandra poderia instruir dona Jane, de que a melhor maneira dela ajudar sua neta nos estudos, quanto à alfabetização e letramento, seria separando um tempo para o estudo dela, estabelecendo um horário de ensino, estar presente sempre que sua neta for realizar as tarefas de casa, apoiar sua neta e sempre lembrá-la de que ela é capaz e que vai aprender tudo no seu tempo, nunca ficar comparando como era no seu tempo também é importante pois, metas que parecem inatingíveis podem ser prejudiciais às crianças.

Considerações Finais

Consegui entender mais sobre as metodologias de ensino e aperfeiçoar meu conhecimento sobre como ocorre o processo de ensino-aprendizagem, dentro e fora de sala. Com o estudo da situação gerar o aprendizado, foi possível notar as diferenças das metodologias de ensino que tivemos em nossa época de alfabetização é muito diferente da que meus filhos e netos terão. Tudo mudou e aperfeiçoaram-se os métodos.. Visto que a educação e a arte de educar devem ser sempre atuais e se adequar ao seu tempo e espaço físico.

Por fim, vale ressaltar o ponto que dona Jane é uma Técnica em Enfermagem aposentada, ou seja, tem nível superior e sabe muito bem como ler e escrever. Sua dificuldade era com o fator do modo de ensinar, a metodologia. E sua neta, Alice, ser uma boa aluna, segundo sua professora, que apresenta apenas pequenas dificuldades normais para a faixa etária. Portanto, alguns conselhos e explicações para do a Jane seriam suficientes para ela auxiliar sua netinha no processo de alfabetização e letramento.

Referências

ABREU, A. et. Al. Alfabetização: livro do professor. Brasília: FUNDESCOLA, 2000. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000591.pdf. Acesso em: 31 de maio de 2021.

KUCIBALA, F. Alfabetização e letramento. In: BES, P. Alfabetização e letramento. Porto Alegre: SAGAH, 2018, p. 39-50 (e-book).

KUCIBALA, F. A psicogênese da língua escrita. In: BES, P. Alfabetização e letramento. Porto Alegre: SAGAH, 2018, p. 51-70 (e-book).

Leia e analise atentamen

te o texto para responder à questão.

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Leia e analise atentamente o texto para responder à questão. “A BNCC de História no Ensino Fundamental – Anos Iniciais contempla, antes de mais nada, a construção do sujeito. O processo tem início quando a criança toma consciência da existência de um “Eu” e de um “Outro”. O exercício de separação dos sujeitos é um método de conhecimento, uma maneira pela qual o indivíduo toma consciência de si, desenvolvendo a capacidade de administrar a sua vontade de maneira autônoma, como parte de uma família, uma comunidade e um corpo social. Esse processo de constituição do sujeito é longo e complexo. Os indivíduos desenvolvem sua percepção de si e do outro em meio a vivências cotidianas, identificando o seu lugar na família, na escola e no espaço em que vivem. O aprendizado, ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, torna-se mais complexo à medida que o sujeito reconhece que existe um “Outro” e que cada um apreende o mundo de forma particular. A percepção da distância entre objeto e pensamento é um passo necessário para a autonomia do sujeito, tomado como produtor de diferentes linguagens. É ela que funda a relação do sujeito com a sociedade. Nesse sentido, a História depende das linguagens com as quais os seres humanos se comunicam, entram em conflito e negociam. ”


Neste texto, os autores da Base Nacional Comum Curricular apresentam seus principais objetivos de aprendizagem para a História e apontam para sua concepção historiográfica e pedagógica para se alcançar esses objetivos. Pensando-se em como podemos aplicar esses conteúdos para desenvolver as competências esperadas, avalie as asserções a relação proposta entre elas.


I. Em substituição a abordagem Programática, a BNCC aponta para a abordagem Temática do conteúdo como a forma mais eficaz para se alcançar os objetivos de aprendizagem propostos.


PORQUE


II. A abordagem Temática é aquela que traz os conteúdos para perto da vivência dos educandos, apresentando-lhes situações problemas do seu cotidiano nas quais estejam inseridos os conteúdos a serem trabalhados. Sendo a melhor maneira de se trabalhar com a formação de identidade dos educandos.


Considerando as ideias expostas no texto, avalie a veracidade das asserções e a possível relação de causa-efeito entre elas.


Escolha uma:

a. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.


b. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.


c. As asserções I e II são proposições falsas.


d. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.


e. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. CORRETO

RESPOSTA: As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. Correto

Plano de aula – Minha família e nossa história.

Resposta: As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. Correto

Plano de aula de História com atividades para 1º ano do EF sobre Minha família e nossa história.

Plano de aula – Minha família e nossa história.

Plano de aula de História com atividades para 1º ano do EF sobre Minha família e nossa história.

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Plano de aula alinhado à BNCC • POR: Mariana De Jesus Freitas

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1. Sobre este plano 2. Objetivo 3. Contexto 4. Problematização 5. Sistematização Materiais e Atividades Baixar plano Encontrou um problema?Slide Plano Aula

Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.

Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 100 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade (EF01HI06) de História, que consta na BNCC: Conhecer as histórias da família e da escola e identificar o papel desempenhado por diferentes sujeitos em diferentes espaços. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.

É necessário compreender que neste momento os alunos são convidados a se perceber pertencentes a uma família e a uma comunidade que passam por mudanças no decorrer do tempo.

Materiais necessários: Fotografias dos familiares das crianças quando pequenos; folhas para desenho em quantidade suficiente para atender a demanda da turma. Caso deseje, imprima o modelo em anexo para que as crianças criem seus desenhos; além de lápis (grafite e de cor), giz de cera, canetas hidrográficas e demais materiais de desenho disponíveis em sua escola.

Como a proposta do plano é construir através de desenhos um álbum de família, traga para a aula seu álbum de família para que as crianças possam visualizar o que é um álbum de família, uma vez que na atualidade fotos impressas estão se tornando cada vez mais raras.

Material complementar: Modelo para álbum de família: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/nW7MYPpHAWuCUE5TKaESnrWu88jzuucs8SpQar8vkAQpVjPAYUzdmE7jK49c/his1-06und01-meu-album-de-familia.pdf

Para você saber mais:

Slide Plano Aula

Tempo sugerido: 5 minutos

Orientações: Projete, escreva no quadro ou leia o objetivo da aula para a turma. Converse sobre a importância de se compreender o objetivo e qual a relevância dele para a aula.

O importante nesta etapa é que as crianças percebam que a fotografia é uma fonte histórica importante para observar a passagem do tempo.

Para você saber mais: Sobre o uso da fotografia como fonte histórica nos anos iniciais do Ensino Fundamental, consulte os seguintes textos.

Fonte: “Fotografia como Fonte Histórica para o Ensino de História: Uma Proposta para Intervenção nos Anos Iniciais” de Iris Priscila Lins de Andrade, Ana Paula de Siqueira Souza, Hannah Caroline Souza Barros e Danielle da Silva Ferreira, disponível em: http://www.eventosufrpe.com.br/2013/cd/resumos/R0623-1.pdf. Acesso em 19 de dezembro de 2018.

Fonte:”Usos e Funções da Fotografia Pública no Conhecimento Histórico Escolar” de Ana Maria Mauad, disponível em: http://www.scielo.br/pdf/heduc/v19n47/2236-3459-heduc-19-47-00081.pdf. Acesso em 19 de dezembro de 2018.Slide Plano Aula

Tempo sugerido: 30 minutos.

Orientações: Solicite com antecedência que as crianças tragam fotografias de seus pais e/ou familiares de convivência quando crianças. Inicie a aula propondo uma roda de conversa onde as crianças deverão descrever a fotografia que trouxeram. Para auxiliar o debate, instigue-os com algumas perguntas:

  • Quem é esta pessoa que está na fotografia?
  • O que mais chamou sua atenção nesta fotografia?
  • A pessoa da fotografia continua assim ou está diferente?
  • O que está diferente nesta pessoa?
  • Você conhece o lugar onde esta foto foi feita?
  • Em que este lugar se parece com os lugares onde você frequenta hoje?
  • O que este lugar tem de diferente?
  • Você conhece alguma história desta pessoa que está na foto? Gostaria de contar para a turma?
  • Você conhece a origem de sua família? Conte-nos um pouco sobre essa origem.

Como adequar à sua realidade: Se possível faça um levantamento de fotografias sobre a comunidade onde os familiares da turma apareçam e procure conhecer o nome dos principais pontos da comunidade para ampliar o debate. Pode ser que familiares das crianças sejam figuras conhecidas da comunidade ( pode haver dentre os familiares o dono da padaria, ou o agente de endemias por exemplo, pessoas que as outras crianças da turma possam conhecer). Essas características sobre pessoas da comunidade podem auxiliar na construção da história da família.

Essas fotografias e fatos poderão ser pesquisados em perfis públicos do município e/ou de associações comunitárias. Outra forma de conseguir fotografias e dados sobre a comunidade pode ser em jornais ou informativos do bairro (caso existam); ou no próprio acervo da escola, sobre momentos em que esta realiza atividades com a comunidade (passeatas, passeios, desfiles cívicos, dentre outra atividades).Slide Plano Aula

Tempo sugerido: 40 minutos.

Orientações: Proponha a seguinte atividade para a turma: “Vamos fazer um álbum de família?” Solicite que as crianças façam um desenho de outra pessoa que mora como elas em sua família quando estes ainda eram crianças (este desenho será feito à luz da fotografia utilizada na atividade de contextualização). Instigue-os a colocar no desenho detalhes que mostram que este desenho retrata um tempo que já passou:

  • Como era o local onde esta pessoa morava (havia muitos carros, prédios, árvores; haviam animais nas ruas, quais? etc.).
  • Pelo o que você conhece da história de sua família, como era esta outra pessoa quando criança?
  • Como será que eram as roupas quando esta pessoa era pequena?
  • O importante é que você auxilie as crianças neste exercício memorialístico para que elas representem através do desenho uma pessoa de sua família com alguns elementos que permitam perceber a passagem do tempo.
  • Complemente a atividade solicitando que os alunos façam um desenho deles no lugar onde mais gostam de ficar na comunidade.
  • Não se esqueça de pedir um desenho da família toda.
  • Solicite que as crianças escrevam legendas nos desenhos, caso ainda não dominem a escrita, você poderá atuar como escriba, por exemplo: meu pai, minha mãe, minha tia, etc, quando criança ( para o primeiro desenho; eu na escola, na praça, no campinho etc. (para o segundo desenho); e minha família (para o último desenho).
  • Para isso você poderá utilizar folhas em branco ou o modelo em anexo.

Modelo para álbum de família: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/nW7MYPpHAWuCUE5TKaESnrWu88jzuucs8SpQar8vkAQpVjPAYUzdmE7jK49c/his1-06und01-meu-album-de-familia.pdf

Como adequar à sua realidade: Caso tenha trago seu álbum de família, utilize este momento para mostrá-lo à turma, fazendo descrições das fotografias. Isto poderá auxiliá-los com elementos para compor seus desenhos. Além disso, é possível produzir um álbum junto com as crianças ou fazê-lo previamente para que as crianças tenham noção do resultado.

Para você saber mais: A história da família da criança é um assunto que precisa ser estudado, pois a família é o primeiro grupo de convívio que a criança tem contato, logo para ela este é o primeiro referencial sócio-cultural.

Caso deseje se aprofundar na temática da família, leia o livro “História Social da Criança e da Família” de Philippe Aries.

Há também um vídeo sobre a produção da árvore genealógica pelas crianças. Fonte: “A Família e a Árvore Genealógica – Vídeos educativos para crianças”, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=o7ezVBaQBmM . Acesso em 19 de dezembro de 2018.Slide Plano Aula

Tempo sugerido: 25 minutos.

Orientações:

  • Solicite que as crianças exponham suas produções para a turma explicando como representaram seus familiares no desenho.
  • A partir destes desenhos conte um pouco da história de sua família para os colegas.
  • Faça observações a fim de enriquecer o debate:
  • Quais as diferenças que vimos nas famílias entre os colegas?
  • Quais as semelhanças?
  • As histórias de cada família são todas iguais?
  • E os lugares onde cada família vive, são todos iguais?
  • Quais as diferenças?

O importante nesse momento é que as crianças percebam que cada família tem uma história diferente e que neste aspecto não existem histórias mais importantes do que as outras, que não há um modelo ideal de família a seguir. Ao final do debate as crianças precisam compreender que há uma diversidade de famílias e que cada uma merece respeito por ser especial e única para seus membros.

Leia o projeto desenvolvido pela professora Mônica, do 2º ano C, da Escola Carolina Maria de Jesus[1] (AMARAL, p. 3): “O projeto “MINHA HISTÓRIA/ NOSSA HISTÓRIA” prevê o conhecimento da própria história do aluno e sua conscientização como parte atuante do processo histórico e social no qual está inserido. Ele faz parte da História e faz a História. O aluno é o sujeito da História e será capaz de entendê-la como conhecimento, como experiência e prática de cidadania. Ele tem que ver a História e participar dela. Construindo, ele produz a História. A vida do aluno é a base de todo o trabalho. A partir do conhecimento dela é que o aluno adquirirá a autoestima e a compreensão dos processos históricos mais amplos. O projeto é desenvolvido com turmas de 2ª série do Ensino Fundamental, mas pode ser desenvolvido em outras séries desde que as atividades sejam adaptadas às necessidades e interesses de cada turma e observando a interdisciplinaridade. O trabalho consiste no estudo de toda a vida do aluno desde a vida intrauterina e no resgate das vidas de seus antepassados, passando por fatos históricos, sociais, culturais etc. Destaco os principais objetivos: comparar acontecimentos no tempo, tendo como referência a própria história de vida, reconhecer semelhanças e diferenças sociais, econômicas e culturais na sociedade, estabelecer relações entre o presente e o passado, participar de diferentes atividades de intercâmbio oral, valorizar a vida, perceber valores e contravalores, entre outros. É importante também ressaltar o trabalho de compromisso de cidadania, para que a partir da visão do passado e do presente, o aluno possa trabalhar para a construção de uma sociedade melhor no futuro. Em geral, realizo o trabalho a partir do início do ano letivo, a fim de que a história do aluno seja o ponto de partida para o estudo de todos os componentes curriculares e que a autoestima seja trabalhada constantemente no decorrer do período. Procuro envolver no projeto outras pessoas da comunidade que fazem parte da vida do aluno, em

“O projeto “MINHA HISTÓRIA/ NOSSA HISTÓRIA” prevê o conhecimento da própria história do aluno e sua conscientização como parte atuante do processo histórico e social no qual está inserido. Ele faz parte da História e faz a História. O aluno é o sujeito da História e será capaz de entendê-la como conhecimento, como experiência e prática de cidadania. Ele tem que ver a História e participar dela. Construindo, ele produz a História. A vida do aluno é a base de todo o trabalho. A partir do conhecimento dela é que o aluno adquirirá a autoestima e a compreensão dos processos históricos mais amplos. O projeto é desenvolvido com turmas de 2ª série do Ensino Fundamental, mas pode ser desenvolvido em outras séries desde que as atividades sejam adaptadas às necessidades e interesses de cada turma e observando a interdisciplinaridade. O trabalho consiste no estudo de toda a vida do aluno desde a vida intrauterina e no resgate das vidas de seus antepassados, passando por fatos históricos, sociais, culturais etc. Destaco os principais objetivos: comparar acontecimentos no tempo, tendo como referência a própria história de vida, reconhecer semelhanças e diferenças sociais, econômicas e culturais na sociedade, estabelecer relações entre o presente e o passado, participar de diferentes atividades de intercâmbio oral, valorizar a vida, perceber valores e contravalores, entre outros. É importante também ressaltar o trabalho de compromisso de cidadania, para que a partir da visão do passado e do presente, o aluno possa trabalhar para a construção de uma sociedade melhor no futuro. Em geral, realizo o trabalho a partir do início do ano letivo, a fim de que a história do aluno seja o ponto de partida para o estudo de todos os componentes curriculares e que a autoestima seja trabalhada constantemente no decorrer do período. Procuro envolver no projeto outras pessoas da comunidade que fazem parte da vida do aluno, em atividades como entrevistas, pesquisas, palestras, visita a exposições etc. As crianças são estimuladas a participar de atividades de pesquisa sobre suas vidas, confecção de livros, painéis, exposições, estudo de músicas, textos, poemas, desenhos, construção de tabelas e gráficos, vídeos, entrevistas etc.

Você deve saber que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento promulgado em 2017, indica o que deve ser ensinado na Educação Básica. Ao planejar o seu trabalho anual, o professor deve observar o que se deve ensinar em determinado ano, o que é descrito na BNCC na forma de unidades temáticas, que se desdobram em objetos de conhecimento que são aprendidos por meio do desenvolvimento de habilidades. Para que todos esses quesitos sejam atendidos, há o trabalho com livros e outros materiais didáticos e são desenvolvidos projetos como o citado anteriormente, premiado por valorizar a história de vida de cada criança.

Agora faça o caminho contrário: analise o projeto, leia na BNCC o que se refere ao ensino de História e Geografia no 2º ano do Ensino Fundamental e identifique que unidades temáticas e objetos de conhecimento de Geografia e História são contemplados no projeto. Não se esqueça: Geografia e História fazem parte da área de Ciências Humanas.

Uma das críticas que especialistas fazem em relação à BNCC é: a)Ao definir conteúdos mínimos e permitir uma avaliação nacional sobre estes conteúdos, o conteúdo local, vinculado aos interesses dos estudantes, podem ser deixados de lado.
b)Ao definir quais conteúdos locais devem ser considerados, BNCC extrapola suas atribuições, pois não é possível definir isso nacionalmente.
c)Ao priorizar apenas as competências gerais – ignorando a realidade local – a BNCC torna o ensino menos atrativo e eficiente.
d)A BNCC não trata da questão local, logo não há críticas de especialistas em relação a este ponto.
e) As avaliações nacionais, obrigatórias a partir da BNCC vão considerar apenas as competências gerais, e assim o conteúdo loca e nacional será deixado de lado.

a) Ao definir conteúdos mínimos e permitir uma avaliação nacional sobre estes conteúdos, o conteúdo local, vinculado aos interesses dos estudantes, podem ser deixados de lado.

A Base Nacional Curricular Comum (BNCC) compreende uma estratégia adotada pelo governo para que os currículos nacionais sejam padronizados, com temáticas previamente estabelecidas.

Todavia, uma das principais críticas a esta diretriz baseia-se no fato de uma possível redução da autonomia das escolas e educadores.

Qual a importância da bncc para educação e a necessidade dos Professores conhecê-la

A importância da BNCC para educação se dá por meio da regulamentação dos conteúdos essenciais que devem ser abordados  nas escolas brasileiras públicas e particulares de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.

A necessidade dos professores conhecerem a BNCC se dá pela necessidade de garantir o direito à aprendizagem e o desenvolvimento pleno de todos os estudantes.

Logo, por meio dessa ação pode-se garantir um ambiente educacional melhor e justo para todos.

Leia o projeto desenvolvido pela professora Mônica,

do 2º ano C, da Escola Carolina Maria de Jesus [1] (AMARAL, p. 3): “O projeto “MINHA HISTÓRIA NOSSA HISTÓRIA” prevê o conhecimento da própria história do aluno e sua conscientização como parte atuante
do
processo histórico e social no qual está inserido. Ele faz parte da História e faz a História. O aluno é o sujeito da História e será capaz de entendê-la
como conhecimento, como experiência e prática de cidadania. Ele tem que ver a História e participar dela. Construindo, ele produz a História. A vida do
aluno é a base de todo o trabalho. A partir do conhecimento dela é que o aluno adquirirá a autoestima e a compreensão dos processos históricos mais
amplos. O projeto é desenvolvido com turmas de 2 série do Ensino Fundamental, mas pode ser desenvolvido em outras séries desde que as atividades
sejam adaptadas às necessidades e interesses de cada turma e observando a interdisciplinaridade. O trabalho consiste no estudo de toda a vida do
aluno desde a vida intrauterina e no resgate das vidas de seus antepassados, passando por fatos históricos, sociais, culturais etc. Destaco os principais
objetivos: comparar acontecimentos no tempo, tendo como referência a própria história de vida, reconhecer semelhanças e diferenças sociais,
econômicas e culturais na sociedade, estabelecer relações entre o presente e o passado, participar de diferentes atividades de intercâmbio oral,
valorizar a vida, perceber valores e contravalores, entre outros. É importante também ressaltar o trabalho de compromisso de cidadania, para que a
partir da visão do passado e do presente, o aluno possa trabalhar para a construção de uma sociedade melhor no futuro. Em geral, realizo o trabalho a
partir do início do ano letivo, a fim de que a história do aluno seja o ponto de partida para o estudo de todos os componentes curriculares e que a
autoestima seja trabalhada constantemente no decorrer do período. Procuro envolver no projeto outras pessoas da comunidade que fazem parte da
vida do aluno, em atividades como entrevistas, pesquisas, palestras, visita a exposições etc. As crianças são estimuladas a participar de atividades de
pesquisa sobre suas vidas, confecção de livros, painéis, exposições, estudo de músicas, textos, poemas, desenhos, construção de tabelas e gráficos,
vídeos, entrevistas etc.
Você deve saber que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento promulgado em 2017, indica o que deve ser ensinado na Educação Básica.
Ao planejar o seu trabalho anual, o professor deve observar o que se deve ensinar em determinado ano, o que é descrito na BNCC na forma de
unidades temáticas, que se desdobram em objetos de conhecimento que são aprendidos por meio do desenvolvimento de habilidades. Para que todos
esses quesitos sejam atendidos, há o trabalho com livros e outros materiais didáticos e são desenvolvidos projetos como o citado anteriormente,
premiado por valorizar a história de vida de cada criança.
Agora faça o caminho contrário: analise o projeto, leia na BNCC o que se refere ao ensino de História e Geografia no 2º ano do Ensino Fundamental e
identifique que unidades temáticas e objetos de conhecimento de Geografia e História são contemplados no projeto. Não se esqueça: Geografia e
História fazem parte da área de Ciências Humanas.

 

  • Item Material Teorico A disciplina Projeto Integrador de Competências em Pedagogia I, definida como uma estratégia pedagógica de caráter interdisciplinar, se destina à execução de um projeto integrador que estabeleça relações entre as disciplinas do terceiro semestre do curso de Pedagogia: Metodologia de pesquisa, Sociologia, Educação de Jovens e Adultos, Língua Portuguesa, Alfabetização e letramento e Fundamentos metodológicos do ensino de História e Geografia. Para isso, foram estabelecidos objetivos em que se pode constatar as relações entre elas. Nesse sentido, a Metodologia de pesquisa e a Língua Portuguesa são abordadas como áreas transversais, que perpassam todas as disciplinas no momento de produção de um trabalho acadêmico, tendo em vista o objetivo de desenvolver habilidades de estudo e pesquisa na busca de resolver as situações-problema apresentadas e registrar as respostas sob a forma de textos escritos com coerência e coesão conforme as normas e direcionamentos da pesquisa científica. A produção textual que daí se origina deve ser analisada levando-se em consideração os aspectos socioculturais e históricos necessários para que o aluno exponha seus conhecimentos de modo a atender às demandas acadêmicas e profissionais. Como boas referências metodológicas, é imprescindível recorrer às normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e a autores como Antônio Carlos Gil e Antônio Joaquim Severino, que podem subsidiar os registros e as etapas de pesquisa devido à vasta obra escrita por esses autores a esse respeito. O fio condutor entre as disciplinas Sociologia e Alfabetização e letramento é a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Dessa maneira, um dos objetivos propostos neste trabalho é utilizar conhecimentos sociológicos para compreender o contexto social que levou à necessidade da existência da Educação de Jovens e Adultos. Tal contexto se volta para questões históricas do século XX, em que crianças abandonavam a escola para ingressarem no mercado de trabalho. Mercado este que no início do século passado voltava-se, principalmente, para o trabalho no campo, o que veio a mudar com o advento da industrialização após a II Guerra Mundial (1939-1945) e urbanização no país. Juntam-se a isso as situações causadas pelas desigualdades geradas pelas discriminações por causas étnico-raciais e de gênero, agravadas pelas diferenças socioeconômicas, que tornam mais difícil a trajetória de mulheres, negros e pobres. No século XXI, outras questões sociais se mostram para que jovens não tenham efetivado o seu direito ao acesso e permanência na escola. Isso se mostra claro no artigo de Strelhow (2010), que busca elementos históricos essenciais da educação brasileira de jovens e adultos para entendermos a sua situação atual. A EJA estabelece uma ligação com o ensino regular por meio dos conteúdos comuns, dentre eles a alfabetização, detalhada na disciplina Alfabetização e letramento. Assim, entende o processo de alfabetização e letramento como parte fundamental do ensino de Língua Portuguesa e que demanda métodos diferenciados para crianças e adultos. Tal entendimento requer estudos a respeito de tal processo, fundamentados em obras de autoras como Emília Ferreiro e Ana Teberosky, cujos conhecimentos revolucionaram as concepções e metodologias de alfabetização em obras como Psicogênese da língua escrita, Alfabetização em processo e Com todas as letras,dentre outros livros que foram marcos teóricos nas décadas de 1980 e 1990. No Brasil, destacam-se autoras como Magda Soares e Telma Weisz, com suas obras Alfabetização e letramento e O diálogo entre o ensino e a aprendizagem,principais referências nas primeiras décadas do século XXI. Clique para obter mais opções

    Figura 1 –Alfabetização Fonte: Getty Images   A alfabetização e letramento não se restringem ao ensino da língua portuguesa, estende-se a todas as áreas do conhecimento ministradas pelo pedagogo em sala de aula. Por isso, é relevante compreender os Fundamentos metodológicos do ensino de História e Geografia como elementos determinantes para o desenvolvimento das noções temporais e espaciais de crianças e adultos. São essas noções que fazem com que cada indivíduo consiga interpretar a sua realidade, entender seu papel no mundo e na sociedade em que se encontra. Autores como Philippe Ariés, Mary Del Priore e Milton Santos, com livros clássicos como História Social da criança e da família, História da criança no Brasil e Pensando o espaço do homem,nos auxiliam na leitura do contexto histórico e geográfico. Quanto aos métodos e possibilidades de ensino, a Base Nacional Comum Curricular (2017) fundamenta os professores quanto ao que deve ser ensinado em cada etapa e autores como Circe Bitencourt e Rafael Straforini apontam referências de ensino para temáticas específicas de História e Geografia nos livros Ensino de História: fundamentos e métodos e Geografia: o desafio da totalidade – mundo nas séries iniciais e outras obras afins.

     
  • Item Material Complementar l CHARON, J. Desigualdade na sociedade. In: CHARON, J.; VIGILANT, L. Sociologia. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, p. 88-99 (e-book).  CITADIN, D.; BADALOTI, G. EJA e mulheres: os motivos e objetivos do retorno das mulheres à escola na EJA unidade de Urussanga-SC. Florianópolis: IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina. Disponível em: <https://repositorio.ifsc.edu.br/bitstream/handle/123456789/368/EJA%20E%20MULHERES.pdf?sequence=1>. Acesso em: 20 ago. 2020.
  • Pasta do conteúdo Atividade I
  • Item Material Complementar ll PEREIRA, M. Alfabetização de jovens e adultos: uma abordagem do problema. In: ______. A Construção do letramento na Educação de Jovens e Adultos. 3ª ed. Belo Horizonte – MG: FUMEC/Autêntica, 2013, p. 13-22 (e-book).  VICHESSI, B., DINIZ, M. Práticas de alfabetização adequadas aos adultos. Nova Escola. 07 mar. 2018. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/59/pratica-adequada-aos-adultos>. Acesso em: 21 ago. 2020.
  • Pasta do conteúdo Atividade II
  • Item Material Complementar lll AMARAL, M. G. S. Minha história/Nossa história. Taguatinga – DF: Fundação Educacional do Distrito Federal, 2005. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Trab10.pdf>. Acesso em: 21 ago. 2020.  BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 05 ago. 2020  TRINDADE, D.; ECOTEN, M. O saber histórico nos anos iniciais do Ensino Fundamental. In: GOMES, R. et.al. Metodologia do ensino de História. Porto Alegre: Sagah, 2016, p. 35-41 (e-book).

Entenda as cinco unidades temáticas da Base para Geografia

Temas serão trabalhados de forma progressiva durante o Ensino Fundamental. Confira os objetivos de cada uma

Autor: Rita Trevisan


Entenda as cinco unidades temáticas da BNCC para Geografia

“O projeto “MINHA HISTÓRIA/ NOSSA HISTÓRIA” prevê o conhecimento da própria história do aluno e sua conscientização como parte atuante do processo histórico e social no qual está inserido. Ele faz parte da História e faz a História. O aluno é o sujeito da História e será capaz de entendê-la como conhecimento, como experiência e prática de cidadania. Ele tem que ver a História e participar dela. Construindo, ele produz a História. A vida do aluno é a base de todo o trabalho. A partir do conhecimento dela é que o aluno adquirirá a autoestima e a compreensão dos processos históricos mais amplos. O projeto é desenvolvido com turmas de 2ª série do Ensino Fundamental, mas pode ser desenvolvido em outras séries desde que as atividades sejam adaptadas às necessidades e interesses de cada turma e observando a interdisciplinaridade. O trabalho consiste no estudo de toda a vida do aluno desde a vida intrauterina e no resgate das vidas de seus antepassados, passando por fatos históricos, sociais, culturais etc. Destaco os principais objetivos: comparar acontecimentos no tempo, tendo como referência a própria história de vida, reconhecer semelhanças e diferenças sociais, econômicas e culturais na sociedade, estabelecer relações entre o presente e o passado, participar de diferentes atividades de intercâmbio oral, valorizar a vida, perceber valores e contravalores, entre outros. É importante também ressaltar o trabalho de compromisso de cidadania, para que a partir da visão do passado e do presente, o aluno possa trabalhar para a construção de uma sociedade melhor no futuro. Em geral, realizo o trabalho a partir do início do ano letivo, a fim de que a história do aluno seja o ponto de partida para o estudo de todos os componentes curriculares e que a autoestima seja trabalhada constantemente no decorrer do período. Procuro envolver no projeto outras pessoas da comunidade que fazem parte da vida do aluno, em atividades como entrevistas, pesquisas, palestras, visita a exposições etc. As crianças são estimuladas a participar de atividades de pesquisa sobre suas vidas, confecção de livros, painéis, exposições, estudo de músicas, textos, poemas, desenhos, construção de tabelas e gráficos, vídeos, entrevistas etc.  Você deve saber que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento promulgado em 2017, indica o que deve ser ensinado na Educação Básica. Ao planejar o seu trabalho anual, o professor deve observar o que se deve ensinar em determinado ano, o que é descrito na BNCC na forma de unidades temáticas, que se desdobram em objetos de conhecimento que são aprendidos por meio do desenvolvimento de habilidades. Para que todos esses quesitos sejam atendidos, há o trabalho com livros e outros materiais didáticos e são desenvolvidos projetos como o citado anteriormente, premiado por valorizar a história de vida de cada criança. Agora faça o caminho contrário: analise o projeto, leia na BNCC o que se refere ao ensino de História e Geografia no 2º ano do Ensino Fundamental e identifique que unidades temáticas e objetos de conhecimento de Geografia e História são contemplados no projeto. Não se esqueça: Geografia e História fazem parte da área de Ciências Humanas.

Temas têm objetivo de possibilitar que o ensino de Geografia não seja apenas baseado na transmissão de informações. Ilustração: Rita Mayumi/Nova Escola

Cinco unidades temáticas norteiam o ensino de Geografia segundo a BNCC. Esses temas foram estruturados para possibilitar que o ensino do componente não seja apenas baseado na transmissão de informações ao aluno. Todos os estudantes do Ensino Fundamental devem ser incentivados a ampliar suas visões de mundo e a compreenderem de maneira crítica as relações que compõem a realidade. 

O sujeito e seu lugar no mundo

Foco do aprendizado: noções de pertencimento e identidade.
Objetivos do Ensino Fundamental 1:
1. Ampliar as experiências das crianças com o espaço e o tempo, por meio de jogos e brincadeiras, proporcionando aprofundamento do conhecimento dos estudantes sobre si mesmos e sua comunidade.

2. Permitir que as crianças percebam e compreendam a dinâmica de suas relações sociais e étnico-raciais, identificando-se com a sua comunidade e respeitando os diferentes contextos socioculturais.

3. Estimular o desenvolvimento das relações espaciais topológicas, projetivas e euclidianas, além do raciocínio geográfico, importantes para o processo de alfabetização cartográfica e a aprendizagem com as várias linguagens (formas de representação e pensamento espacial).

4. Possibilitar que os estudantes construam sua identidade relacionando-se com o outro (sentido de alteridade); valorizem as suas memórias e marcas do passado vivenciadas em diferentes lugares; e, à medida que se alfabetizam, ampliem a sua compreensão do mundo. 

Objetivos do Ensino Fundamental 2:
1. Expandir o olhar para a relação do sujeito com contextos mais amplos, considerando temas políticos, econômicos e culturais do Brasil e do mundo.

2. Permitir que o estudante valorize sua individualidade e, ao mesmo tempo, possa se situar como cidadão ativo, democrático e solidário. Que se entenda como produto de uma sociedade localizada em determinado tempo e espaço, mas também produtor dessa mesma sociedade.

Conexões e escalas

Foco do aprendizado: articulação de diferentes espaços e escalas de análise, relações existentes entre os níveis local e global.
Objetivos do Ensino Fundamental 1:
1. Estimular os estudantes a compreenderem e estabelecerem interações entre sociedade e meio físico natural.

2. Conduzir os alunos a estabelecerem a articulação de diferentes espaços e escalas de análise, relações existentes entre os níveis local e global (entre sua vida familiar, seus grupos e espaços de convivência e as interações espaciais mais complexas, por exemplo). 

3. Promover a análise do que ocorre entre quaisquer elementos que constituem um conjunto na superfície terrestre e que explicam um lugar na sua totalidade (como os arranjos das paisagens, a localização e a distribuição de diferentes fenômenos e objetos).

Objetivos do Ensino Fundamental 2:
1. Expandir o olhar para a relação do sujeito com contextos mais amplos, considerando temas políticos, econômicos e culturais do Brasil e do mundo.

2. Permitir que o estudante valorize sua individualidade e, ao mesmo tempo, possa se situar como cidadão ativo, democrático e solidário. Que se entenda como produto de uma sociedade localizada em determinado tempo e espaço, mas também produtor dessa mesma sociedade.

Mundo do trabalho

Foco do aprendizado: reflexão sobre atividades e funções socioeconômicas e o impacto das novas tecnologias. 
Objetivos do Ensino Fundamental 1: 
1. Levar os estudantes a uma reflexão sobre processos e técnicas construtivas e o uso de diferentes materiais produzidos pelas sociedades em diversos tempos.

2. Proporcionar uma análise das características de inúmeras atividades e suas funções socioeconômicas.

Objetivos do Ensino Fundamental 2:
1. Ampliar o olhar do aluno sobre o processo de produção do espaço agrário e industrial, em sua relação entre campo e cidade, destacando-se as alterações provocadas pelas novas tecnologias.

2. Estimular a reflexão sobre o impacto dessas mudanças nas relações de trabalho, na geração e na distribuição de renda. 

3. Conduzir os estudantes no processo de compreensão das mudanças ocorridas no mundo do trabalho, em relação aos variados tempos, escalas e processos históricos, sociais e étnico-raciais envolvidos.

4. Possibilitar aos estudantes o desenvolvimento das habilidades de ler, comparar e elaborar diversos tipos de mapas temáticos, assim como as mais diferentes representações utilizadas como ferramentas da análise espacial. É importante que os estudantes usem esse recurso como suporte para fazer uso do raciocínio geográfico e não como um fim em si mesmo (o mapa pelo mapa).

Formas de representação e pensamento espacial

Foco do aprendizado: ampliação gradativa da concepção do que é um mapa e de outras formas de representação gráfica, aprendizagens que envolvem o raciocínio geográfico.
Objetivos do Ensino Fundamental 1: 
1. Conduzir os estudantes, por meio do exercício da localização geográfica, a desenvolver o pensamento espacial, que gradativamente passa a envolver outros princípios metodológicos do raciocínio geográfico, como os de localização, extensão, correlação, diferenciação e analogia espacial.

2. Proporcionar a alfabetização cartográfica, iniciando com o domínio da leitura e elaboração de mapas e gráficos.

3. Ampliar as linguagens no estudo do Componente, apresentando aos alunos fotografias, desenhos, imagens de satélites etc.

Objetivos do Ensino Fundamental 2:
1. Possibilitar aos estudantes o desenvolvimento das habilidades de ler, comparar e elaborar diversos tipos de mapas temáticos, assim como as mais diferentes representações utilizadas como ferramentas da análise espacial.

2. É importante que os estudantes usem esse recurso como suporte para fazer uso do raciocínio geográfico e não como um fim em si mesmo (o mapa pelo mapa).

Natureza, ambientes e qualidade de vida 

Foco do aprendizado: articulação da geografia física e da geografia humana, com destaque para a discussão dos processos físico-naturais do planeta Terra. 
Objetivos do Ensino Fundamental 1: 
1. Desenvolver, nos estudantes, as noções relativas à percepção do meio físico natural e de seus recursos.

2. Possibilitar que os estudantes reconheçam que as diferentes comunidades transformam a natureza, tanto em relação às inúmeras possibilidades de uso, quanto aos impactos socioambientais.

Objetivos do Ensino Fundamental 2:
1. Levar os estudantes a estabelecerem relações mais elaboradas, conjugando natureza, ambiente e atividades antrópicas em distintas escalas e dimensões socioeconômicas e políticas.

2. Permitir que os alunos conheçam os fundamentos naturais do planeta e as transformações impostas pelas atividades humanas na dinâmica físico-natural, inclusive no contexto urbano e rural.

Fonte: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/100/entenda-as-cinco-unidades-tematicas-da-base-para-geografia

Geografia

O PAPEL DA GEOGRAFIA NO CURRÍCULO DO ENSINO BÁSICO

A elaboração do documento das competências específicas da Geografia baseou-se nos currículos do Estudo do Meio, História e Geografia de Portugal e Geografia em vigor respetivamente, nos 1.º, 2.º e 3.º ciclos da educação básica.

No presente documento, evidenciam-se as competências geográficas a desenvolver ao longo de cada ciclo do ensino básico, partindo dos programas e do plano de organização do ensino-aprendizagem já enunciados noutras disciplinas.

A formulação das competências específicas em Geografia teve em conta uma perspetiva integradora de atitudes, capacidades e conhecimentos que os alunos devem desenvolver através da educação geográfica.

A Geografia procura responder às questões que o Homem levanta sobre o Meio Físico e Humano utilizando diferentes escalas de análise. Desenvolve o conhecimento dos lugares, das regiões e do Mundo, bem como a compreensão dos mapas e um conjunto de destrezas de investigação e resolução de problemas, tanto dentro como fora da sala de aula. É uma disciplina de charneira entre as Ciências Naturais e Sociais. Através do seu estudo, os alunos estabelecem contacto com diferentes sociedades e culturas num contexto espacial, ajudando-os a perceber de que forma os espaços se relacionam entre si.

O cidadão geograficamente competente é aquele que possui o domínio das destrezas espaciais e que o demonstra ao ser capaz de visualizar espacialmente os factos, relacionando-os entre si, de descrever corretamente o meio em que vive ou trabalha, de elaborar um mapa mental desse meio, de utilizar mapas de escalas diversas, de compreender padrões espaciais e compará-los uns com os outros, de se orientar à superfície terrestre.

Além destas destrezas espaciais é também aquele que é capaz de interpretar e analisar criticamente a informação geográfica e entender a relação entre identidade territorial, cultural, património e individualidade regional.

A Geografia é, não só, um meio poderoso para promover a educação dos indivíduos, como também dá um contributo fundamental para a Educação para a Cidadania, nomeadamente no âmbito da Educação Ambiental e da Educação para o Desenvolvimento.

Contributo da Geografia para o desenvolvimento das competências gerais

A aprendizagem da Geografia, ao longo da escolaridade básica, deve permitir aos jovens, no seu final, a apropriação de um conjunto de competências que os tornem cidadãos geograficamente competentes: O desenvolvimento da aptidão para pensar geograficamente, isto é, integrar num contexto espacial os vários elementos do lugar, região, Mundo; A curiosidade por descobrir e conhecer territórios e paisagens diversas valorizando a sua diversidade como uma riqueza natural e cultural que é preciso preservar; A compreensão de conceitos geográficos para descrever a localização, a distribuição e a inter-relação entre espaços; O desenvolvimento de processos de pesquisa, organização, análise, tratamento, apresentação e comunicação da informação relativa a problemas geográficos; A utilização correta do vocabulário geográfico para explicar os padrões de distribuição dos fenómenos geográficos, as suas alterações e inter-relações: A utilização correta das técnicas gráficas e cartográficas de representação espacial para compreender e explicar a distribuição dos fenómenos geográficos; A análise de problemas concretos do Mundo para reflectir sobre possíveis soluções; O reconhecimento da diferenciação entre os espaços geográficos como resultado de uma interação entre o Homem e o Ambiente; O reconhecimento da desigual repartição dos recursos pela população mundial e a solidariedade com os que sofrem de escassez desses recursos; A consciencialização dos problemas provocados pela intervenção do Homem no Ambiente e a predisposição favorável para a sua conservação e defesa e a participação em acções que conduzam a um desenvolvimento sustentável; A predisposição para estar informado geograficamente e ter uma atitude crítica face à informação veiculada pelos mass media; A reflexão sobre a sua experiência individual e a sua percepção da realidade para compreender a relatividade do conhecimento geográfico do mundo real; A relativização da importância do lugar onde vive o indivíduo em relação ao Mundo para desenvolver a consciência de cidadão do mundo.

Estas competências são desenvolvidas ao longo dos três ciclos da escolaridade básica utilizando os temas/conteúdos propostos nos programas, através das “experiências de aprendizagem” sugeridas, que os docentes poderão organizar da forma que considerarem mais adequados aos contextos da sua escola/turma. O ensino da Geografia deve desenvolver competências ligadas à pesquisa: a observação, o registo, o tratamento da informação, o levantamento de hipóteses, a formulação de conclusões, a apresentação de resultados. É a partir do trabalho de campo e do trabalho de grupo que é possível promover a discussão de ideias, a produção de conclusões e a utilização das destrezas geográficas.

Através da Educação Geográfica os alunos aprendem a responder a um conjunto de questões:

Onde se localiza?
Por que se localiza?
Como se distribui?
Quais as características?
Que impacte?
Como deve ser gerido para benefício mútuo da humanidade e do ambiente?

A procura de respostas para as questões geográficas implica investigar a localização, situação, interação, distribuição espacial e diferenciação de fenómenos à superfície da Terra. Assim, agruparam-se as competências em três domínios:A localização;
O conhecimento dos lugares e regiões;
O dinamismo das inter-relações entre espaços.

Estes três domínios contribuem para desenvolver as competências gerais do ensino básico. Assim, a título exemplificativo, enunciamos algumas das articulações possíveis entre as competências gerais e as competências específicas da Geografia: Mobilização dos diferentes saberes (culturais, científicos, tecnológicos) para compreender a realidade explorando a dimensão conceptual e instrumental do conhecimento geográfico no estudo de situações concretas de modo a conhecer o Mundo; Utilização de diferentes tipos de linguagem como textos, quadros, mapas, gráficos, fotografias, filmes e videogramas, como forma de recolher, analisar e comunicar a informação geográfica; Adopção de metodologias de trabalho adequadas à escala de análise e à diversidade dos fenómenos geográficos em estudo; Pesquisa, selecção e organização da informação geográfica necessária à análise e compreensão de problemas concretos do Mundo; Realização de atividades de forma autónoma e criativa, como trabalho de campo, simulações, jogos, estudo de situações concretas, mobilizando os conhecimentos geográficos; Cooperação com os outros em projetos e trabalhos comuns, realizando atividades em grupo, discutindo diferentes pontos de vista, reflectindo sobre a experiência individual e a percepção que cada um tem da realidade, de modo a compreender a relatividade do conhecimento geográfico do mundo real. Estas competências vão sendo desenvolvidas ao longo dos três ciclos do ensino básico, através das diferentes experiências de aprendizagem sugeridas, de modo a dar oportunidade aos alunos de realizarem atividades que lhes permitam desenvolver a competência de saber pensar o espaço e serem capazes de actuar no meio em que vivem.

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS E EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM

1.º ciclo – O Estudo do MeioA abordagem geográfica do Estudo do Meio integra vários temas numa grande área denominada À Descoberta do Ambiente Geográfico. De acordo com o que é proposto no programa do 1.º ciclo, a finalidade desta área é a de introduzir o estudo do ambiente onde vivem os homens, descrevendo e explicando as inter-relações entre os fenómenos geográficos (naturais e humanos) em diferentes lugares ou regiões. A construção de conceitos é um processo dependente da natureza, extensão e qualidade da experiência dos alunos. A qualidade da experiência vivida é fundamental para a aprendizagem e a compreensão do ambiente geográfico. Atitudes ligadas à investigação, como o hábito de observar, questionar, procurar informação, registar, comunicar e trocar ideias e informação, vão ser fundamentais para as etapas seguintes da aprendizagem dos alunos. A partir da construção de ideias é possível agir de forma mais focada na ação, permitindo alterar o ambiente. O modo como os alunos se vão consciencializar do meio envolvente vai, pois, ter um papel fundamental na qualidade do próprio meio. Assim, é desejável que as experiências de aprendizagem privilegiem a observação direta da realidade. Mas, dado que a maioria destas experiências se desenvolve na sala de aula, devem ser utilizados recursos que permitam uma observação indireta tanto mais próxima da realidade quanto possível ? fotografias, filmes, CD-ROM, mapas e diagramas. As competências específicas da Geografia para este ciclo são definidas relativamente a uma grande área À Descoberta do Ambiente Geográfico ?, tendo em conta os diversos temas enunciados no programa.   Competências específicas no final do cicloA localizaçãoSer capaz de:

  • Comparar representações diversas da Terra, utilizando imagens de satélite, fotografias aéreas, globos e mapas;
  • Ler mapas, utilizando a legenda para comparar a localização, configuração, dimensão e limites de diferentes espaços na superfície terrestre (Portugal, Península Ibérica, continentes e oceanos);
  • Localizar o lugar onde vive, outros lugares, Portugal, continentes e oceanos, completando mapas;
  • Descrever a localização relativa dos elementos naturais e humanos da paisagem, utilizando a posição do observador como elemento de referência;
  • Localizar os elementos físicos e humanos da paisagem, utilizando os rumos da rosa-dos-ventos (N.; S.; E.; O.).
    O conhecimento dos lugares e regiões Ser capaz de:
  • Utilizar o vocabulário geográfico em descrições escritas e orais de lugares e regiões;
  • Formular questões geográficas simples (ex.: Onde se localiza? Como se distribui? Por que se localiza ou distribui deste modo? Sempre se localizaram ou distribuíram do mesmo modo?) para conhecer e compreender o lugar onde vive;
  • Recolher informação sobre o território português, europeu e mundial, utilizando programas de televisão, filmes vídeo, CD-ROM, Internet, enciclopédias, livros e fotografias;
  • Utilizar formas variadas de comunicação escrita, oral e gráfica (ex. textos, desenhos, colagens, maquetes simples e mapas) para apresentar a informação geográfica recolhida;
  • Reconhecer os aspetos naturais e humanos do meio, recorrendo à observação direta e à realização de atividades práticas e trabalho de campo no meio envolvente à escola;
  • Entender semelhanças e diferenças entre lugares, observando diversas formas de ocupação e uso da superfície terrestre.   O dinamismo das inter-relações entre espaços   Ser capaz de:  
  • Entender como as pessoas podem actuar face às características físicas do território, utilizando histórias reais ou imaginárias, relatos orais de viagens apoiados por fotografias ou filmes, entrevistas com familiares e ou elementos da comunidade;
  • Entender o modo como os movimentos de pessoas, bens, serviços e ideias entre diferentes territórios têm implicações importantes para as áreas de partida e de chegada, realizando entrevistas e ou conversando sobre histórias, filmes e fotografias;
  • Expressar opiniões sobre características positivas e negativas do meio, sugerindo acções concretas e viáveis que contribuam para melhorar e tornar mais atrativo o ambiente onde os alunos vivem;
  • Desenvolver o sentido de pertença e responsabilidade em relação à área de residência, participando em atividades de trabalho de campo na localidade da escola, contactando entidades públicas e associativas de nível local.   Experiências de aprendizagem ao longo do ciclo
  • Formular um conjunto de questões sobre o ambiente geográfico da área da escola. Ex.: Onde se localizam os elementos da paisagem que observamos?
    Como se distribuem as casas, as ruas, as árvores… na área da escola?
    Por que se distribuem deste modo?
  • Observar paisagens, para identificar elementos naturais e humanos.
  • Desenhar esboços das paisagens observadas para registar os elementos observados.
  • Observar fotografias, esboços simples, desenhos ou outras imagens de paisagens, para identificar os elementos naturais e humanos.
  • Realizar visitas de estudo na área da escola para observar e identificar elementos naturais (formas de relevo, rochas, cursos de água, estados de tempo…) e humanos (casas, lojas, indústrias, vias de comunicação, campos de cultura…).
  • Construir cartazes utilizando fotografias/desenhos para descrever a forma como se distribuem os elementos naturais e humanos das paisagens observadas.
  • Observar diariamente o tempo que faz (temperatura, vento, nebulosidade, precipitação…) e registar as observações num cartaz da sala (utilizar fotos, desenhos, símbolos, cores….).
  • Realizar atividades em grupo para registar e organizar a informação recolhida no meio local e regional.
  • Fazer um esboço da planta da escola e da casa, reconhecendo e identificando as funções de cada um dos espaços.
  • Descrever verbalmente de uma forma clara o caminho casa-escola, identificando e localizando diferentes pontos do percurso relativamente aos elementos naturais e humanos da paisagem.
  • Realizar jogos de orientação para seguir direcções, utilizando os termos para cima, para baixo, atrás, à frente, perto, longe, à esquerda, à direita, norte, sul, este e oeste.
  • Fazer jogos de orientação no pátio da escola e ou durante uma saída de campo, utilizando a bússola e as posições do Sol no horizonte.
  • Construir maquetas simples do meio envolvente à escola, representando elementos humanos (casas, estradas, jardins…) e elementos naturais (rios, elevações, vales, praias…).
  • Observar diferentes tipos de representações do lugar onde o aluno vive ou de Portugal e do Mundo, para identificar formas diversificadas de representar os fenómenos físicos e humanos.
  • Descobrir e localizar lugares conhecidos (ruas, cruzamentos, lojas, a escola, paragem de autocarro…) numa planta da área da escola.
  • Utilizar mapas de várias escalas para localizar a escola, a casa, o lugar (aldeia/bairro), a freguesia, o concelho, em relação à região do país onde vive.
  • Utilizar mapas de várias escalas para localizar Portugal na Península Ibérica, na Europa e no Mundo.
  • Desenhar mapas mentais de lugares reais ou imaginários, utilizando figuras e símbolos para ilustrar os lugares descritos em histórias ou o trajecto casa-escola.
  • Construir uma planta funcional simples (utilizar cores/símbolos/desenhos) da escola e ou da área da escola para identificar diferentes espaços e reconhecer as suas funções.
  • Completar planisférios utilizando cores para localizar diferentes espaços no Mundo (continentes, oceanos, mar Mediterrâneo, Península Ibérica).
  • Construir cartazes com fotografias/desenhos/mapas/… que ilustrem diferentes espaços do Mundo (conti-nentes, países, regiões, cidades).
  • Realizar jogos e simulações para compreender de que forma os diferentes factores naturais e humanos atuam na localização e distribuição dos fenómenos geográficos.
  • Realizar pequenas visitas de estudo para identificar problemas geográficos concretos (ex. Construções em leito de cheias, dunas, áreas protegidas, …; habitações junto a áreas industriais, lixeiras, aterros sanitários, …; dificuldades ou conflitos na circulação de peões e de veículos motorizados nas vilas e cidades; espaços verdes nas áreas urbanas…)
  • Realizar pequenos debates e ou conversas com convidados exteriores à escola para adquirir informação sobre os assuntos e temas em estudo.
  • Organizar exposições na escola, abertas à comunidade, para apresentar os trabalhos realizados pelos alunos.
  • Utilizar as TIC para recolher informação geográfica e comunicar com outras escolas, noutras regiões, para comparar diferentes ambientes e diferentes modos de ocupação do espaço pelas populações (a escola e o bairro onde vivem; cidade/campo; litoral/interior; tipos de habitação; pessoas com quem vivem os alunos; dietas alimentares; hábitos diários dos alunos; ocupação dos tempos livres…) 2.º ciclo – História e Geografia de Portugal O programa de História e Geografia de Portugal integra-se na área de Línguas e Estudos Sociais do 2.º ciclo do ensino básico. De acordo com A Organização Curricular e Programas, vol. I, EB 2.º ciclo, considera-se que esta disciplina deve permitir ampliar conhecimentos e competências adquiridos no Estudo do Meio (1.º ciclo) e proporcionar o tratamento de noções a serem retomadas e ampliadas na Área de Ciências Sociais e Humanas (3.º ciclo), nas disciplinas de História e Geografia, individualizadas pela primeira vez, no ensino básico. O conhecimento de Portugal é importante para compreender a realidade em que vivemos, o modo como as características dos territórios condicionaram e condicionam, positiva ou negativamente, a história do povo português, a forma como o nosso território se encontra organizado, as relações que as pessoas e as organizações que aí vivem e trabalham mantêm com o espaço que os rodeia. A capacidade de intervenção no Meio pelas populações vai criar, por um lado, um conjunto de relações complexas entre os diferentes contextos geográficos, e, pelo outro, condições de qualidade ambiental, qualidade de vida, crescimento económico e desenvolvimento humano. As competências específicas da Geografia para este ciclo são definidas relativamente ao conhecimento do território português, de modo a desenvolver uma identidade de base territorial, tendo em conta a relação entre o ambiente, a sociedade, a cultura e o património, permitindo ao indivíduo consolidar o sentimento de pertença ao país e a capacidade de intervenção cívica. Para este ciclo, as competências específicas da Geografia são definidas relativamente à área ? À Descoberta de Portugal e da Península Ibérica ? na qual se agrupam os temas com conteúdos geográficos enunciados no programa:
    • A Península Ibérica na Europa e no Mundo
    • O território português
    Competências específicas no final do ciclo A localização Ser capaz de:
    • Comparar representações diversas da superfície da Terra, utilizando o conceito de escala;
    • Ler globos, mapas e plantas de várias escalas, utilizando a legenda;
    • Localizar Portugal, a Península Ibérica e a Europa no Mundo, completando e construindo mapas;
    • Descrever a localização relativa do lugar onde vive, utilizando como referência a região do País onde se localiza, o País, a Península Ibérica, a Europa e o Mundo.

    O conhecimento dos lugares e regiões Ser capaz de:
    • Utilizar vocabulário geográfico, em descrições escritas e orais de lugares e regiões;
    • Formular questões geográficas simples (Onde se localiza? Como se distribui?) para conhecer e compreender o lugar, a região e o país onde vive;
    • Discutir aspetos geográficos dos lugares/regiões/assuntos em estudo, recorrendo a programas de televisão, filmes vídeo, notícias da imprensa escrita, livros e enciclopédias;
    • Recolher informação sobre as características físicas (relevo, clima e rios), sociais e económicas do território português, utilizando um conjunto de recursos que incluem material audiovisual, CD-ROM, Internet, mapas de várias escalas, gráficos e quadros de dados estatísticos;
    • Apresentar a informação recolhida de forma clara e adequada, utilizando mapas, diagramas, gráficos (lineares e de barras), descrições escritas e orais simples e ou material audiovisual;
    • Utilizar técnicas de trabalho de campo, utilizando instrumentos de pesquisa adequados (mapas/esboços/entrevistas/inquéritos).

    O dinamismo das inter-relações entre espaços Ser capaz de:
    • Reconhecer o modo como os diferentes espaços se integram em contextos geográficos sucessivamente mais vastos (aldeia/bairro na vila/cidade; a cidade na região; a região no país) através da recolha de informação variada sobre movimentos de pessoas e bens;
    • Entender como as pessoas podem actuar face às características físicas do território utilizando o estudo de casos reais, apoiados por fotografias, filmes, textos, entrevistas com familiares e ou elementos da comunidade;
    • Desenvolver o sentido de pertença e responsabilidade do espaço onde vive o aluno, envolvendo-o diretamente na melhoria do seu próprio ambiente.
    Experiências de aprendizagem ao longo do ciclo Responder a questões geográficas simples sobre a diversidade do espaço natural da Península Ibérica: Como se distribuem as principais formas de relevo?
    Quais os rios mais importantes?
    Quais as principais características climáticas? Identificar questões/temas geográficos sobre a diversidade do espaço português: Como se distribuem as principais formas de relevo?
    Quais os rios mais importantes?
    Quais as características climáticas?
    Como se distribuem a população e as atividades económicas?
    Quais os factores que influenciam a distribuição da população e das atividades económicas?
    Que interacções se estabelecem entre a população, as atividades económicas e as condições naturais?
    Qual o papel das grandes transformações tecnológicas na alteração da distribuição da população e das atividades económicas?
    Observar paisagens para identificar os principais elementos naturais e humanos, bem como a sua inter-relação. Construir esboços das paisagens observadas, identificando os elementos naturais e humanos. Observar fotografias, esboços, desenhos, quadros ou outras imagens para identificar os elementos naturais e humanos das paisagens representadas. Observar diferentes tipos de representações do lugar onde o aluno vive, ou de Portugal e do Mundo, para identificar formas diversificadas de representar os fenómenos naturais e humanos. Desenhar mapas mentais do lugar onde o aluno vive ou de Portugal para reflectir sobre o conhecimento que cada um tem do mundo que o rodeia. Comparar os mapas mentais construídos para reflectir sobre a interpretação que cada um tem relativamente ao lugar onde vive ou a Portugal. Completar mapas a várias escalas, utilizando a legenda (cores, símbolos…) para localizar diferentes espaços do Mundo (continentes, oceanos e Mar Mediterrâneo), da Europa, da Península Ibérica e de Portugal. Completar mapas de Portugal e da Península Ibérica para localizar fenómenos físicos e humanos da superfície da Terra. Ler gráficos e mapas, de diversas origens, (imprensa escrita, televisão, Internet …) sobre a organização do território Português. Utilizar a legenda do mapa para identificar itinerários simples e lugares de referência em diferentes lugares ou regiões. Representar num mapa e dar instruções detalhadas de possíveis trajectos para chegar a casa ou à escola, a partir de pontos específicos da comunidade que podem ser usados por pessoas que desejem visitar-nos. Planear uma viagem pessoal utilizando mapas de estradas de Portugal e identificando pontos de interesse no itinerário definido. Construir um dossier temático, individualmente ou em grupo, sobre diferentes espaços e lugares de Portugal e da Península Ibérica, utilizando informação retirada de atlas, fotografias, ortofotomapas, notícias da imprensa escrita ou da televisão, filmes, textos, enciclopédias, livros, CD-ROM e Internet. Realizar estudos simples que envolvam trabalho de campo, realização de entrevistas e atividades complementares na aula, para compreender de que forma os diferentes factores atuam na localização e distribuição dos fenómenos geográficos e nos impactos negativos ou positivos da actuação do Homem sobre o Meio. Realizar pequenas visitas de estudo para identificar problemas geográficos concretos. Realizar simulações e jogos para compreender de que modo os diferentes factores atuam na localização e distribuição dos fenómenos geográficos, na procura de soluções alternativas e para adquirir uma maior compreensão dos outros. Realizar pequenos debates e ou conversas com convidados exteriores à escola para adquirir informação sobre os assuntos e temas em estudo. Organizar exposições na escola, abertas à comunidade, para apresentar os trabalhos realizados pelos alunos. 3.º ciclo – Geografia Os jovens vivem num espaço multidimensional e tomam consciência dele a partir de uma grande variedade de contextos. A localização dos factos geográficos é uma competência que se desenvolve desde o nascimento. A interação que estabelecemos diariamente com o meio ajuda a construir o conhecimento do espaço. À medida que a criança e o jovem se desenvolvem física, emocional e intelectualmente vai também evoluindo a capacidade de compreender o Mundo. Saber o que existe e onde é o quadro de referência que nos permite tomar consciência do mundo à nossa volta. A mobilidade dos seres humanos à superfície terrestre significa que se estabelece constantemente uma interação com os lugares por onde passamos. Estes movimentos ajudam a construir o conhecimento do espaço geográfico ? conhecer os lugares, as pessoas que aí vivem ou trabalham. Despertar a curiosidade pelo Mundo e dar oportunidade para explorar novos lugares/espaços à superfície terrestre é promover a associação entre os acontecimentos e a ação com os lugares visitados. A geografia atual requer que os alunos adquiram conhecimentos que os preparem para compreender e analisar problemas complexos relevantes para a vida num Mundo de múltiplas relações. Uma educação para a vida adulta deve preocupar-se com o futuro. Os temas estudados pela Geografia permitem uma abordagem com grande amplitude dos vários cenários possíveis, quer em relação ao mundo próximo de cada um, quer ao Mundo, através de várias escalas de análise. O lugar onde vivemos é o modo universal de nos localizarmos na Terra. Cada um de nós tem um nome, morada que se refere a uma rua, aldeia/vila/cidade, região e país. Além disso, somos cidadãos europeus e vamos tomando consciência deste facto ao longo da vida. Por fim, e talvez mais importante, somos cidadãos do Mundo. O ensino da Geografia desempenha um papel fundamental na formação e na informação dos futuros cidadãos acerca de Portugal, da Europa e do Mundo enquanto sistemas compostos por factos diversos que interagem entre si e constantemente se alteram. Os alunos do ensino básico têm a capacidade de desenvolver competências geográficas de observação, classificação, organização, leitura e interpretação de mapas. Os alunos das escolas básicas tomam atitudes relativamente a pessoas de outros países e manifestam interesse e curiosidade em aprender sobre as populações das várias regiões do Mundo. Estas atitudes devem desenvolver-se, frequentemente, com grande precisão nos conhecimentos relativos à localização e características dos lugares e das populações que neles vivem e trabalham. As competências específicas da Geografia estão definidas de modo a centrar a aprendizagem da disciplina na procura de informação, na observação, na elaboração de hipóteses, na tomada de decisão, no desenvolvimento de atitudes críticas, no trabalho individual e de grupo e na realização de projetos. O quadro seguinte destina-se a dar aos professores indicações sobre o nível mais adequado para a aprendizagem das diversas técnicas gráficas, cartográficas e estatísticas. Competências específicas no final do ciclo A localização Ser capaz de:
    • Comparar representações diversas da superfície da Terra, utilizando o conceito de escala;
    • Ler e interpretar globos, mapas e plantas de várias escalas, utilizando a legenda, a escala e as coordenadas geográficas;
    • Localizar Portugal e a Europa no Mundo, completando e construindo mapas; Localizar lugares utilizando plantas e mapas de diferentes escalas;
    • Descrever a localização relativa do lugar onde vive, utilizando como referência a região do país onde se localiza, o país, a Europa e o Mundo.

    O conhecimento dos lugares e regiões Ser capaz de:
    • Utilizar o vocabulário geográfico em descrições orais e escritas de lugares, regiões e distribuições de fenómenos geográficos;
    • Formular e responder a questões geográficas (Onde se localiza? Como se distribui? Porque se localiza/ distribui deste modo? Porque sofre alterações?), utilizando atlas, fotografias aéreas, bases de dados, CD-ROM e internet;
    • Discutir aspetos geográficos dos lugares/regiões/assuntos em estudo, recorrendo a programas de televisão, filmes, videogramas, notícias da imprensa escrita, livros e enciclopédias;
    • Comparar distribuições de fenómenos naturais e humanos, utilizando planisférios e mapas de diferentes escalas;
    • Ordenar e classificar as características dos fenómenos geográficos, enumerando os que são mais importantes na sua localização;
    • Seleccionar as características dos fenómenos geográficos responsáveis pela alteração das localizações;
    • Realizar pesquisas documentais sobre a distribuição irregular dos fenómenos naturais e humanos a nível nacional, europeu e mundial, utilizando um conjunto de recursos que incluem material audiovisual, CD-ROM, internet, notícias da imprensa escrita, gráficos e quadros de dados estatísticos;
    • Seleccionar e utilizar técnicas gráficas, tratando a informação geográfica de forma clara e adequada em gráficos (lineares, histogramas, sectogramas, pirâmides etárias), mapas (de manchas ou outros) e diagramas;
    • Desenvolver a utilização de dados/índices estatísticos, tirando conclusões a partir de exemplos reais que justifiquem as conclusões apresentadas;
    • Problematizar as situações evidenciadas em trabalhos realizados, formulando conclusões e apresentando-as em descrições escritas e/ou orais simples e ou em material audiovisual;
    • Utilizar técnicas e instrumentos adequados de pesquisa em trabalho de campo (mapas, entrevistas, inquéritos), realizando o registo da informação geográfica;
    • Analisar casos concretos e reflectir sobre soluções possíveis, utilizando recursos, técnicas e conhecimentos geográficos.

    O dinamismo das inter-relações entre espaços Ser capaz de:
    • Interpretar, analisar e problematizar as inter-relações entre fenómenos naturais e humanos evidenciadas em trabalhos realizados, formulando conclusões e apresentando-as em descrições escritas e ou orais simples e ou material audiovisual; Analisar casos concretos de impacte dos fenómenos humanos no ambiente natural, reflectindo sobre as soluções possíveis;
    • Reflectir criticamente sobre a qualidade ambiental do lugar/região, sugerindo acções concretas e viáveis que melhorem a qualidade ambiental desses espaços;
    • Analisar casos concretos de gestão do território que mostrem a importância da preservação e conservação do ambiente como forma de assegurar o desenvolvimento sustentável.
    Experiências de aprendizagem ao longo do ciclo Identificar questões/temas geográficos sobre:
  • A diversidade das paisagens e das representações da terra.
  • A diversidade do espaço português, europeu e mundial.
  • Os diferentes padrões da distribuição da população e do povoamento.
  • As desigualdades nos níveis de desenvolvimento mundial.
  • O impacte da atividade humana nas diferentes regiões do Mundo.
  • Observar paisagens, para identificar os principais elementos naturais e humanos, bem como a sua inter-relação.
  • Construir esboços das paisagens observadas, identificando os elementos naturais e humanos.
  • Observar fotografias, esboços, desenhos ou outras imagens, para identificar os elementos naturais e humanos das paisagens representadas.
  • Observar diferentes tipos de representações do lugar onde o aluno vive, de Portugal e do Mundo, para identificar formas diversificadas de representar os fenómenos físicos e humanos.
  • Construir e comparar mapas de escalas diferentes, utilizando a legenda para identificar fenómenos geográficos.
  • Localizar lugares em globos, planisférios e mapas, utilizando a rede cartográfica.
  • Comparar mapas de escala diferente, do lugar onde o aluno vive ou de Portugal, para verificar que os elementos cartografados variam consoante a escala do mapa.
  • Desenhar mapas mentais do lugar onde o aluno vive, de Portugal, da Europa e do Mundo, para identificar os elementos de referência importantes para cada aluno.
  • Comparar os mapas mentais construídos, para reflectir sobre a interpretação que cada um tem relativamente ao lugar onde vive, a Portugal, à Europa e ao Mundo. Planear uma viagem utilizando mapas de estradas e identificando pontos de interesse no itinerário definido.
  • Construir e interpretar planisférios e mapas, para localizar fenómenos físicos e humanos da superfície da Terra.
  • Estudar exemplos concretos de fenómenos geográficos, utilizando a observação direta e/ou indireta, informações da imprensa escrita, da TV e da internet.
  • Realizar simulações e jogos para compreender de que forma os diferentes factores atuam na localização e distribuição dos fenómenos geográficos, para a procura de soluções alternativas e para adquirir uma maior compreensão dos outros.
  • Realizar trabalhos de grupo utilizando as diferentes etapas da investigação geográfica:
    • Pesquisa documental (ex. mapas, atlas, enciclopédias, livros, notícias da imprensa escrita, videogramas, fotografias, ortofotomapas, CD-ROM, internet, bases de dados e quadros estatísticos);
    • Tratamento da informação (ex. construção de quadros de dados, gráficos, mapas e diagramas);
    • Interpretação e análise do material recolhido e construído, evidenciando a inter-relação entre os fenómenos geográficos;
    • Apresentação das conclusões, produzindo informação oral e escrita que utilize vocabulário geográfico.
  • Realizar debates para confrontar pontos de vista e apresentar propostas de solução para problemas geográficos detetados.
  • Recolher informação temática relacionada com os diversos fenómenos geográficos (naturais e humanos) recorrendo à imprensa, filmes, textos, informação da Internet, enciclopédias, livros, CD-ROM, para construir dossiers temáticos.
  • Analisar mapas, fotografias, videogramas ou outro material audiovisual de diferentes regiões, para distinguir lugares com características geográficas diferentes.
  • Realizar estudos simples que envolvam trabalho de campo, realização de entrevistas e/ou inquéritos e atividades complementares na aula, para compreender de que forma os diferentes factores atuam na localização e distribuição dos fenómenos geográficos.
  • Realizar pequenas visitas de estudo para seleccionar e investigar problemas geográficos concretos.
  • Organizar debates/entrevistas com entidades públicas, populações afetadas, especialistas, sobre os problemas geográficos detetados, nomeadamente relacionados com o “desordenamento do território” e para reflectir sobre atitudes a tomar para os ultrapassar.
    Organizar exposições e/ou outras iniciativas culturais na escola, abertas à comunidade para apresentar os trabalhos realizados pelos alunos.

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BNCC para História: entenda os objetivos de aprendizagem

Saiba quais são os principais objetivos de aprendizagem em História no Fundamental 1 e 2

Autor: Rita Trevisan Salvar PDF Imprimir História

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Alunos devem desenvolver uma série de habilidades e capacidades. Ilustração: Rita Mayumi/Nova Escola

A Base estabelece objetivos de aprendizagem, assim como habilidade e capacidades que o aluno deve desenvolver em História. Veja o que são:

Para os anos iniciais do Ensino Fundamental

Principais objetivos
1. Apoiar a construção do sujeito, a partir do reconhecimento do “eu”, do “outro” e do “nós”.
2. Facilitar a compreensão de tempo e espaço, a partir do referencial da comunidade de pertencimento.

Na prática 
O aluno deve ser capaz de:1. Reconhecer o “eu” e o “outro” a partir da própria realidade e das referências de seu círculo pessoal e da sua comunidade.
2. Compreender e diferenciar o público do privado e o urbano do rural.
3. Conhecer como foi a circulação dos primeiros grupos humanos.
4. Pensar sobre a diversidade de povos e culturas diferentes e suas formas de organização.
5. Desenvolver a noção de cidadania, com direitos e deveres.
6. Reconhecer a diversidade, conviver com ela e respeitá-la.
7. Analisar as diferentes formas de registros que cada grupo social produz. 

Para os anos finais do Ensino Fundamental

Principais objetivos
1. Apresentar a dimensão de espaço e do tempo sob a perspectiva da mobilidade das populações e as formas de inserção ou marginalização delas em culturas diferentes.
2. Desenvolver habilidades com foco em processos como contextualização, comparação, interpretação e proposição de soluções.

Na prática
O aluno deve ser capaz de:1. Refletir sobre as formas de registro histórico e a construção da Antiguidade Clássica em contraste com outras sociedades e outras concepções de mundo.
2. Compreender o período medieval na Europa e as formas de organização social e cultural em algumas regiões africanas.
3. Estabelecer conexões entre aspectos políticos, sociais, econômicos e culturais ocorridos a partir do final do século XV até o final do século XVIII.
4. Compreender os processos de independência das Américas e especialmente do Brasil
5. Conhecer a história republicana do Brasil e posicionar-se criticamente em relação ao protagonismo de diferentes grupos e sujeitos históricos.
6. Problematizar conflitos mundiais e nacionais como as grandes guerras e a Revolução Russa.
7. Relacionar os diversos eventos envolvendo os povos europeus, africanos, asiáticos e latino-americanos nos séculos XX e XXI, incluindo a história recente.

*****

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento muito importante para profissionais da educação, para os estudantes e para a sociedade em geral. Ela tem como função primordial nortear as aprendizagens que os alunos devem desenvolver nas escolas, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.

O documento para os primeiros segmentos da Educação Básica já foi aprovado e homologado. Agora, a BNCC para o Ensino Médio está em fase de debates e elaboração.

A Base é um documento extremamente importante para definir um parâmetro educacional para escolas públicas e privadas. Contudo, também trará alguns desafios e dúvidas no período de adaptação, entre eles a implementação do documento, garantindo que saia do papel e chegue até a sala de aula.

Neste artigo você vai conhecer outros desafios que a BNCC propõe para os educadores, bem como as oportunidades proporcionadas pela Base.

Assista: Entrevista com Maria Inês Fini sobre a BNCC

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Desafios da BNCC

Um dos principais objetivos da Base Nacional Comum Curricular é promover mais igualdade e equidade nos processos educacionais de escolas brasileiras – tanto públicas quanto privadas. Isso busca garantir que todos os estudantes terminem a Educação Básica com as aprendizagens essenciais plenamente desenvolvidas, de acordo com as necessidades de cada um.

Ao definir quais serão essas aprendizagens por meio das competências e habilidades que compõem o documento, a BNCC estabelece um direcionamento do que deve ser trabalhado em sala de aula. A intenção é diminuir as discrepâncias do que é ensinado nas instituições de ensino no Brasil.

Com isso, espera-se melhorar a qualidade da educação no país e reduzir as desigualdades entre os níveis de aprendizado dos estudantes. Em contrapartida, cabe às instituições de ensino elaborar um currículo sintonizado com a BNCC, seguindo as diretrizes gerais do documento. A seguir, confira os principais desafios nesse processo.

Elaboração de um novo currículo

Um dos principais desafios das escolas será elaborar o novo currículo, que considere as aprendizagens apontadas pela BNCC como essenciais ao mesmo tempo em que reflete o carisma e a identidade da instituição.

Nesse processo, é importante que o currículo seja elaborado de forma colaborativa. O indicado é que tanto membros da gestão escolar quanto professores participem da sua construção. Afinal, é o corpo docente que será responsável por levar o currículo à sala de aula, enquanto a coordenação e a direção exercem um papel relevante em garantir que o documento final represente o carisma da escola.

Além disso, é interessante que especialistas e membros da comunidade escolar também participem da equipe encarregada da elaboração – cada um pode contribuir de maneira diferente e única com o currículo escolar.

Adequação do Projeto Político Pedagógico (PPP)

Com a implantação de um novo currículo, a instituição de ensino também precisará rever o seu Projeto Político Pedagógico (PPP). Isso porque o PPP é um documento que traz a metodologia pedagógica e a proposta curricular da instituição. Por causa disso, ele provavelmente deverá ser adaptado para se adequar às diretrizes da BNCC e do novo currículo.

Vale lembrar que o Projeto Político Pedagógico também deve refletir a identidade da escola e que a Base incentiva a construção de uma proposta pedagógica que contemple assuntos relacionados à realidade e ao contexto dos estudantes.

Integração de características regionais no currículo

A BNCC encoraja as instituições de ensino a incluir em seus currículos temas relacionados à região e ao contexto em que o estudante está inserido, contemplando assim assuntos ligados à história, à cultura e às tradições da sua comunidade.

Nesse sentido, as escolas terão o desafio de construir um currículo que contemple não apenas as aprendizagens apontadas como essenciais, mas que também trabalhe aspectos relevantes do contexto do aluno.

Para isso, mais uma vez é importante que a proposta curricular seja construída de forma colaborativa, contando com a participação de profissionais da educação e de membros da comunidade que ajudem a combinar todos esses aspectos ao documento.

Formação continuada

A Base Nacional Comum Curricular também destaca a importância de uma formação continuada dos educadores. Para o corpo docente a formação continuada é fundamental para a constante atualização das práticas pedagógicas.

Além disso, a BNCC propõe a formação de um aluno integral, que requer uma educação que vai muito além da simples absorção de conteúdos e que compreende o desenvolvimento socioemocional do aluno e o uso de ferramentas tecnológicas. Nesse contexto, os educadores se deparam com um tipo de formação para o qual não foram preparados – o que torna a atualização de suas práticas ainda mais importante.

O grande desafio é estabelecer na escola uma cultura que tenha o aprendizado como foco também para os professores, uma vez que eles precisam compreender os novos padrões determinados pela BNCC e suas influências no processo educacional.

Definição do material didático

Após criar um currículo para a instituição de ensino, é necessário escolher o material didático que será usado em sala. Para tanto, é importante levar em consideração as obras que contemplam e valorizam as competências abordadas na BNCC, ao mesmo tempo em que se alinham com o Projeto Político Pedagógico da escola.

A incorporação da tecnologia no ensino também deve ser pensada nesse processo, já que os alunos estão cada vez mais conectados e atentos aos assuntos disponíveis na internet. Nesse caso, o material didático que vai além do livro e contempla Objetos Educacionais Digitais (OEDs) pode ser um grande aliado na inclusão da tecnologia no processo pedagógico.

bncc-oportunidades-e-desafios

Principais oportunidades para as instituições de ensino

Da mesma forma que a BNCC gera desafios para as escolas, ela também cria a oportunidade de revisão do currículo e adoção de estratégias diferenciadas. A seguir, confira algumas das principais oportunidades.

Construção de um currículo contextualizado

A Base Nacional Comum Curricular define aprendizagens essenciais para toda a Educação Básica, para possibilitar o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para o estudante em sua vida adulta. Ainda assim, o currículo escolar poderá ir além e abranger temas relacionados à cultura e à história da região.

As escolas que aproveitarem essa oportunidade para construir um currículo contextualizado contarão com um grande diferencial – que poderá, inclusive, influenciar os pais na hora da matrícula.

Incorporação da tecnologia no ensino

A cultura digital está prevista na BNCC, que enfatiza a necessidade de as instituições de ensino incentivarem o uso das ferramentas tecnológicas para promover o conhecimento. Isso fica claro na 5ª competência geral do documento:

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
5ª competência geral da Base Nacional Comum Curricular

Contudo, a Base não determina como essa inserção da tecnologia deve ser feita. Cabe à escola, então, optar por soluções que atendam aos conteúdos propostos no currículo e incentivem os estudantes a buscar mais conhecimento, trazendo a tecnologia como aliada do processo pedagógico.

Logo, a escolha das soluções e a estratégia utilizada para introduzir a tecnologia em sala de aula também serão diferenciais para a instituição.

Formação integral do aluno

A BNCC incentiva a formação integral do aluno, destacando a importância de se trabalhar não apenas a dimensão cognitiva, mas também as competências socioemocionais. Isso fica claro sobretudo nas competências gerais 7, 8, 9 e 10 da BNCC, que têm um enfoque nas atitudes e  no caráter dos estudantes:

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Competências gerais da Base Nacional Comum Curricular

As instituições, então, assumem um papel ainda mais importante na formação do estudante, a fim de que ele se torne apto a encarar os desafios do futuro. Essas competências valorizam o desenvolvimento de habilidades como:

  • criatividade;
  • pensamento crítico;
  • colaboração;
  • comunicação;
  • resiliência.

Conclusão

É possível observar que a Base Nacional Comum Curricular exigirá uma adaptação das instituições de ensino para novos parâmetros educacionais. Isso demandará um trabalho conjunto da equipe e um estudo aprofundado do documento.

Por outro lado, a BNCC gera oportunidades de inserção de conteúdos diferenciados e da tecnologia em sala de aula. Além disso, propõe uma formação que vai muito além do desenvolvimento puramente cognitivo do estudante. Cabe à gestão da escola saber usar isso em prol dos alunos e do seu desenvolvimento.

Quer entender melhor a estrutura da BNCC como um todo e de cada segmento que ela compreende? Baixe o infográfico “Entendendo a estrutura da BNCC”:

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